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Denúncias de assédio eleitoral crescem quase 3.000% no segundo turno

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Houve uma alta de 2.932% nas denúncias de assédio eleitoral, cujo total já supera em oito vezes o total de todo o período de 2018  |   Bnews - Divulgação Arquivo/Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Publicado em 27/10/2022, às 18h40   Cadastrado por Daniel Brito



O Ministério Público do Trabalho (MPT) recebeu 1.789 denúncias de assédio eleitoral na campanha do segundo turno até o início da tarde desta quinta-feira (27). A marca corresponde a quase 30 vezes o total registrado até o primeiro turno, que havia sido de 61.

Com isso, houve uma alta de 2.932% nas denúncias, cujo total até então também é oito vezes maior que o registrado em todo o período eleitoral de 2018, quando tinham sido contabilizadas 212 queixas.

Além disso, cresceu também o número de empresas denunciadas: de 52 para 1.388. Nesse mesmo período, a região Sudeste registra o maior número de denúncias: 765, à frente do Sul, com 501, e do Nordeste, 294. Entre os estados, Minas Gerais lidera, com 496. Na sequência, vêm Paraná (196), São Paulo (175) e Santa Catarina (168).

De acordo com o MPT, os empregadores podem ser punidos pela Justiça Eleitoral e pela Justiça do Trabalho. A pena pode chegar a quatro anos de prisão e multa. A prática é adotada por empresas que tentam influenciar o voto de empregados utilizando-se de ameaças, coação e promessas de benefícios.

Recentemente, o TSE passou a veicular nas emissoras de rádio e televisão uma mensagem de esclarecimento sobre a importância do combate ao assédio eleitoral. O comunicado reforça que qualquer forma de coação a trabalhadoras e trabalhadores para votar em determinada candidatura é crime, e incentiva que a denúncia seja feita.

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