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Distância entre Republicanos e Bolsonaro complica vida de João Roma na Bahia; entenda

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Roma é colocado como pré-candidato ao governo da Bahia  |   Bnews - Divulgação Foto: Alan Santos/PR/Divulgação

Publicado em 23/02/2022, às 12h00   Vinícius Dias e Victor Pinto


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A sinuca de bico vivida pelo ministro João Roma (Republicanos) para realizar o desejo de sair candidato a Governador da Bahia continua. A equação ficou mais complicada após a dura conversa que o presidente do seu partido, Marcos Pereira, teve com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). O deputado federal criticou posturas de Bolsonaro e coordenação de campanha do presidente sobre a filiação de candidatos ligados a Jair.

Segundo a coluna de Bela Megale em O Globo, Marcos Pereira ameaçou adotar uma postura neutra nas próximas eleições caso esse imbróglio não se resolva. Mas onde é que João Roma entra nisso tudo? Explicamos:

João Roma quer ser o candidato do Republicanos na eleição para o Palácio de Ondina e tenta costurar articulações para ser o candidato de Bolsonaro na Bahia.

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Na Bahia, o partido Republicanos é liderado por Márcio Marinho, que não dá indícios de abrir mão de apoiar ACM Neto, pré-candidato ao Governo pela União Brasil. Marinho, inclusive, não faz cerimônia e faz questão de tratar ACM Neto (DEM) como “futuro governador da Bahia”. O Republicanos tem uma forte vínculo com Neto, relacionamento construído desde que ele assumiu o seu primeiro mandato na prefeitura de Salvador, em 2012. O Republicanos sempre teve cargos importantes na estrutura do município.

Além disso, a direção do Republicanos na Bahia também se mostrou de portas abertas para Marcelo Nilo sair candidato a Senador - uma vitória seria inédita na história do partido na Bahia. Esse desejo é um outro golpe duríssimo nas pretensões de Roma porque seria inviável se candidar a governador com o mote de ser o candidato de Bolsonaro com o seu partido apoiando outra candidatura, ou mesmo adotando postura neutra.

Portanto, o recado de Marcos Pereira para a família Bolsonaro sinaliza que a situação de Roma é ainda mais difícil: não há apoio para sua candidatura nem a nível estadual, nem nacional. A saída para João Roma avançar com a candidatura seria mudar de partido e se filiar ao PL, mesmo partido de Jair Bolsonaro.

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