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Ivanilson Gomes dispara contra PT após anúncio de suplente de Otto Alencar ao Senado

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Segundo presidente estadual do PV, Ivanilson Gomes, PT tomou decisão de maneira unilateral  |   Bnews - Divulgação Reprodução / Instagram @ivanilson_gomes

Publicado em 12/07/2022, às 06h00   Yuri Abreu


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A decisão do PT em lançar o nome do ex-prefeito de Ibotirama, Terence Lessa, como primeiro suplente do senador Otto Alencar (PSD), deixou aborrecido o presidente estadual do PV, Ivanilson Gomes, especialmente porque a sigla estava no páreo para indicar outro nome que ocuparia o posto.

Em entrevista ao BNews, nesta segunda-feira (11), o dirigente afirmou que a decisão do PT foi tomada de maneira unilateral e que ele foi pego de surpresa. Segundo Gomes, na última sexta-feira (8), uma reunião entre ele e os presidentes estaduais do PT (Éden Valadares) e do PCdoB (Davidson Magalhães) teria definido os critérios que levariam a essa escolha e o que PT não entraria nessa disputa.

Após essa definição, o dirigente viajou até Vitória da Conquista, no sudoeste baiano, onde se encontrou com o cantor Edgar Mão Branca, nome preferido pela legenda para ocupar o posto de primeiro suplente de Otto, que vai tentar a reeleição ao Senado.

"Na sexta-feira, fiz a reunião com o partido e mais especificamente com Edgar Mão Branca, que seria o nome nosso devido toda a sua capilaridade regional, além de músico. Ele simboliza muito a questão do homem do campo, do sertanejo", disse Ivanilson Gomes.

"Por tudo isso tudo, já tínhamos mandado o nome dele para Éden [Valadares], uma vez que o próprio Éden, nessa reunião, disse que o PT não reivindicaria a suplência, porque o PT já tinha a cabeça de chapa", acrescentou.

Contudo, no final de semana, durante a realização de mais uma etapa do Programa de Governo Participativo do PT, em Jacobina, coube ao próprio Otto Alencar anunciar o nome de Terence Lessa.

"Eu fui surpreendido com o anúncio. Isso causou um constrangimento muito grande não apenas no PV, mas também no PCdoB. Eu sequer tomei conhecimento. Eu estava em campo no sentido de buscar o melhor nome para contribuir com a chapa. Isso deixou partido aborrecido. Foi uma decisão unilateral do PT, que não cumpriu o que tinha sido acertado, de que o suplente não seria do PT. Isso não é tratamento que se dá a um aliado", reclamou.

"Foi um comportamento que não condiz com a história do PT. Nós do PV nos sentimos desrespeitados. É como se os aliados estivessem ali apenas para compor e não para participar das dicussões e decisões. Se participamos de um coletivo, precisamos ser consultados. Conversei com o presidente do PCdoB, que também me disse que não foi consultado sobre essa decisão", salientou o presidente estadual do PV.

"Trouxa e bobo"

Agora, Ivanilson Gomes espera que o diretório estadual do PT espera reveja a posição tomada, além de chamar os partidos que compõem a federação - formada por PT, PV e PCdoB - para uma conversa. "Essa foi uma decisão das mais arbitrárias dessas eleição de 2022 na Bahia, que surpreendeu todo mundo", disparou.

"O PV se sentiu um pouco trouxa, bobo. Nós acreditávamos que estavamos dentro da discussão construíndo caminhos, quando na verdade parecia apenas um jogo de cena quando já havia uma decisão", completou.

Ainda segundo o dirigente, a decisão do PT por Terence Lessa já estava tomada e que o PV apresentou o nome apenas para referendar. Ele disparou contra Éden Valadares.

"Ninguém vai me dizer que de sábado para domingo o PT decidiu que o candidato ia ser o prefeito de Ibotirama. Acho que a decisão já estava tomada e a gente apresentou nomes apenas para referendar. Quando o presidente do PT diz que houve unamidade não é verdade. Não houve unanimidade porque não houve discussão. Tem um arranhão e é preciso corrigir. É preciso respeitar sempre os aliados. Eles precisam ser sempre estimulados para irem a luta. Quando não é estimulado, ele fica sem condições de ir a campo", alertou.

"Não tenho nada contra o nome, a pessoa de Terence, mas a forma de escolha foi muito ruim. Não é uma forma que considero republicana. Devemos ter uma reunião em breve para cuidar das feridas e também entender o que aconteceu. Até agora, não recebi nenhum telefone do presidente do PT explicando as razões para a decisão. Se a gente não entende, a gente também passa não ter tanto compromisso com a candidatura ao Senado", finalizou.

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