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João Roma solta o verbo contra Lula: "Só tem narrativa"

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João Roma deu entrevista saindo em defesa do presidente Jair Bolsonaro contra Lula  |   Bnews - Divulgação Foto: Joilson César/BNews

Publicado em 25/10/2022, às 07h01   Vinícius Dias


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Ex-ministro da Cidadania (que, em breve, retornará ao posto), candidato ao governo do Estado da Bahia derrotado em primeiro turno e deputado federal em final de mandato, João Roma (PL) soltou o verbo contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em entrevista que deu ao jornal Folha de São Paulo. 

O bolsonarista aproveitou a entrevista para exaltar o presidente e disse que Lula "só tem narrativa de ser pai dos pobres".

Ele voltou a rejeitar que há fome no Brasil. Segundo relatório das Nações Unidas, divulgado em julho, no Brasil, 61,3 milhões (cerca de 3 em cada 10 habitantes) convivem com algum tipo de insegurança alimentar, dos quais 15,4 milhões em insegurança alimentar grave, passando fome, de 2019 e 2021. Para João Roma, esses dados distorcem a situação brasileira.

"O que eu estou dizendo é que o PT não pode acusar Bolsonaro de ter ampliado a fome, porque ele simplesmente triplicou os recursos sociais. Isso foi por uma quantidade muito maior de pessoas", disparou.

"Temos um avanço muito maior na política de segurança alimentar, porque nada pode ser mais impactante para o combate à insegurança alimentar do que um programa social que garante hoje a mais de 20 milhões de brasileiros o mínimo de R$ 600.", acrescentou Roma.

Ele ainda completou: "No relatório da FAO tem um detalhe, ele fala qual foi o motivo do aumento da insegurança alimentar: consequência da pandemia e da Guerra [da Ucrânia]. Não está dizendo que foi a ausência de política pública. Então é importante colocar isso com clareza para não ficar simplesmente guerra de narrativa".

Segundo João Roma, existe fome no mundo todo. "Daqui a pouco eu vou ter fome, você vai ter fome", defendeu. 

"A pessoa começa a ver que isso não bate, porque o benefício agora tá muito maior. Quanto mais tempo demorar e o PT ficar batendo nisso aí, mais tempo as pessoas vão refletir sobre isso e vão ver que hoje a realidade é diferente. Então, a fome vai existir no Brasil, vai existir nos Estados Unidos, vai existir em países ricos, mas hoje você tem um governo que conseguiu inclusive, com destaque, fazer um programa muito eficaz, que dá, sim, um suporte no mínimo três vezes mais amplo do que na época do governo do PT."

Após a derrota na eleição para o governo da Bahia no primeiro turno, João Roma decidiu apoiar seu desafeto, ACM Neto (União Brasil), que concorre contra o petista Jerônimo Rodrigues (PT). Roma fez 9% dos votos baianos no primeiro turno e converter essa votação para ACM Neto é a maneira mais plausível para uma eventual virada do ex-prefeito de Salvador no segundo turno.

Jerônimo saiu vencedor da primeira etapa com 49,45% dos votos - ficando a cerca de 40 mil votos para conseguir a eleição em primeiro turno.

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