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Lula reage a fala de Bolsonaro sobre canibalismo; saiba o que ele disse

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Candidato a Presidência da República, Lula (PT) também comentou influência da fala de Bolsonaro (PL) na campanha ao 2º turno  |   Bnews - Divulgação Ricardo Stuckert/PT

Publicado em 08/10/2022, às 16h00   Redação BNews



O candidato à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reagiu neste sábado (8) as declarações do atual mandtário do país, Jair Bolsonaro (PL) que, em entrevista ao jornal norte-americano The New York Times, afirmou que comeria carne humana.

Hoje, o petista participou de uma caminhada em Campinas/SP e falou sobre a utilização do episódio na campanha dele com o objetivo de desidratar o adversário.

"Aquilo não é fake news ou maldade nossa, aquilo somos nós informando o povo sobre como é nosso adversário", disse, quando questionado se o caso seria mais explorado pela campanha. "O que está acontecendo é que não estamos inventando. Aquilo não é campanha do Lula falando, é ele falando", disse ele ao jornal Folha de S.Paulo.

O PT passou a usar a declaração de Bolsonaro, feita quando ainda era deputado federal, em inserções na TV nesta semana.

O trecho é retirado de uma entrevista do atual presidente ao jornalista do New York Times, Simon Romero, em 2016, em que ele diz que só não participou de um ritual antropofágico na comunidade indígena Sururucu, em Vista Alegre/RO, porque ninguém da sua comitiva o acompanhou.

"Eu queria ver o índio sendo cozinhado. Daí o cara: se for, tem que comer. Eu como" é a parte da fala de Bolsonaro usada na campanha petista.

Em outras três vezes, Lula citou rapidamente a declaração do adversário em seu discurso. Referindo-se a empresários e investidores que não se aproximam do Brasil, disse, em tom humorado, que as pessoas podem ter medo de canibalismo.

"Ele tem DNA negativista, por isso que diz que comeu índio", afirmou.

O vídeo antigo, que está publicado na íntegra no canal de YouTube do atual presidente, circulou nas redes sociais durante a semana em uma nova disputa de discursos pautada por questões religiosas e morais.

Ainda segundo a publicação paulista, bolsonaristas exploraram o vídeo de um tiktoker satanista apoiador de Lula para associar a figura do petista ao diabo.

Depois disso, a militância da esquerda ressuscitou um vídeo de Bolsonaro em uma loja maçônica, mobilizando grupos de apoio ao presidente. Parte dos evangélicos não compactua com a doutrina de maçons.

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