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Petismo e carlismo tentam ‘driblar’ baixa representação política por voto feminino na Bahia

Montagem/Divulgação/Max Haack e Divulgação
Coalizões do PT e do União Brasil tentam amenizar desafio da baixa representação política por voto feminino na Bahia  |   Bnews - Divulgação Montagem/Divulgação/Max Haack e Divulgação

Publicado em 15/08/2022, às 09h06   Thiago Conceição


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A baixa representatividade das mulheres da política é um desafio para a ideia de diversidade proposta para as coalizões políticas que disputam o governo baiano nas eleições deste ano. Do lado do candidato carlista, a escolha por uma mulher para o posto de vice tenta amenizar a situação e gerar maior engajamento do público, que é essencial. Do lado petista, siglas como a do PT e a do PCdoB se unem em encontros focados na ocupação feminina em espaços de poder.

Na Bahia, as mulheres representam 52,5% dos cerca de 11,2 milhões de eleitores que irão para as urnas nas Eleições 2022, segundo os atuais dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os homens representam 47,5% do eleitorado baiano.

Diante de tal importância, após um longo período de dúvida sobre qual nome iria compor a majoritária ao governo, ACM Neto (UB) fez a escolha pela empresária Ana Coelho (Republicanos), que é CEO do grupo Aratu. E campanha pela ideia de diversidade e papel feminino passou a ser o centro da estratégia elaborada pela equipe de campanha da chapa carlista.

O discurso mais recente que mostra tal alinhamento foi proferido pelo deputado federal Cacá Leão (PP), no último final de semana. Ao lado do candidato a governador e da vice Ana Coelho, ele fez questão de destacar que a presença de uma mulher aumenta “as perspectivas” políticas do grupo, em uma das carreatas feitas por cidades das regiões Norte e Semiárido da Bahia.

“Quanto mais diversidade, mais eficiente é a forma de se pensar as pautas. A presença de uma mulher como Ana Coelho ao nosso lado ampliará nossas perspectivas e a nossa capacidade de olhar para a frente e projetar uma Bahia melhor para toda a população”, disse Cacá Leão.

O próprio movimento de escolha de um dos candidatos à Presidência, Ciro Gomes (PDT), pela escolha da vice-prefeita de Salvador, Ana Paula Matos, para compor a sua majoritária vem sendo explorado pela ala do União Brasil, em especial com nos discursos de um presidenciável que tem ‘rasgado’ elogios para ACM Neto.

Do lado da coalização petista, PT, PCdoB, PSB, PV e Avante realizaram um encontro de mulheres para estimular ocupação feminina nos espaços de poder, no último sábado (13). E o movimento proposto pela Plenária Estadual de Mulheres de Luta é uma ‘peça-chave para a campanha petista, que tem homens entre os destaques da majoritária do candidato Jerônimo Rodrigues (PT).

A vice-presidente do PT Bahia, Luciana Mandelli, mencionou a desigualdade de oportunidades entre homens e mulheres na sociedade e na política, sendo que a maioria dos eleitores são mulheres, e colocou o voto no petista como importante para avanços nesse sentido. “A gente se dá conta que é o momento em que as mulheres precisam tomar para si responsabilidade de dirigir uma campanha”, disse a vice-presidente.

O candidato Jerônimo Rodrigues também tem feito movimento pela conquista do eleitorado feminino. O petista tem pautado o enfrentamento da violência contra as mulheres como uma das principais bandeiras, aproveitando dadas como o aniversário da Lei Maria da Penha, comemorada no último dia 7.

A Lei Maria da Penha foi sancionada pelo ex-presidente Lula (PT), que este ano concorre para a Presidência tendo o atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL), como principal adversário, segundo as atuais pesquisas eleitorais. Jerônimo Rodrigues ainda tem feito o esforço para reforçar que a candidatura na Bahia está atrelada com o líder petista.

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