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Pré-campanha: João Roma se mandou do Republicanos para ser o candidato de Bolsonaro na Bahia

Foto: Eduardo Dias/BNews
Ex-ministro da Cidadania, João Roma foi quem entrou mais tarde na corrida porque precisou resolver problemas políticos  |   Bnews - Divulgação Foto: Eduardo Dias/BNews

Publicado em 12/05/2022, às 06h00 - Atualizado às 06h00   Vinícius Dias


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João Roma (PL) demorou, mas chegou. Ele bem que tentou ser candidato pelo Republicanos, legenda onde esteve por quase uma década e permaneceu mesmo após o racha com ACM Neto (União Brasil) gerado ao aceitar o convite do presidente Jair Bolsonaro (PL) para ser ministro. No finalzinho da janela partidária, ele se rendeu à queda de braço com o partido -que não abre mão de Neto na Bahia-, se desfiliou e foi rumo ao partido do presidente da República. 
Nós desatados, é hora de trabalhar. E João Roma vem apostando forte em bater na imagem do PT ao mesmo tempo em que se vincula fortemente à imagem de Jair Bolsonaro. Ele é um dos protagonistas na disputa narrativa do 'quem faz o quê', 'quem fez o quê', 'quem deveria ter feito', travada contra o PT.
Especial de pré-campanhas na Bahia
Em relação a ACM Neto, João Roma aposta em dizer que o ex-prefeito de Salvador não tem coragem de assumir posição e que, na verdade, joga dos dois lados. Sendo assim, em sua leitura, resta à sua candidatura o posto de uma oposição verdadeira contra o PT.
"Acho ridícula a tentativa de querer me aproximar do PT. Todos sabem que eu sou oposição verdadeira ao PT na Bahia e no Brasil. E que eu sou contrário ao retorno do ex-presidente Lula porque isso representa a decepção, o atraso e a vergonha de milhões de brasileiros. E queremos um Brasil que ande para frente", disse.
"Por outro lado, é óbvio que as eleições deste ano serão as mais acirradas da história do Brasil. E não é por vontade ou capricho de quem quer que seja que as eleições não terão conotação nacional. Aqui também teremos um alto grau de verticalização no estado", declarou o ex-ministro em evento realizado em Salvador. 
Roma ainda tem algumas lacunas na montagem da sua chapa. Ele somente declarou apoio a Jair Bolsonaro. Além disso, tem como pré-candidata ao Senado da sua chapa a Drª Raissa, também conhecida como Drª Cloroquina, que foi secretária de saúde em Porto Seguro. Ou seja, ainda não há definições em relação à vice e respectiva suplência ao Senado.
No entanto, apoiado na forma em que Bolsonaro se elegeu no Brasil em 2018 (com menos tempo de TV e campanha tradicional bem aquém do feito normalmente), os conchavos políticos são uma das últimas prioridades de Roma, que corre contra o tempo para se mostrar como o candidato mais à direita e seduzir a população que não costuma votar em seu espectro político.

Classificação Indicativa: Livre

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