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PT afasta marqueteiro da pré-campanha de Lula em meio a crise de comunicação

Imagem PT afasta marqueteiro da pré-campanha de Lula em meio a crise de comunicação
Bnews - Divulgação

Publicado em 21/04/2022, às 21h31   Folhapress



O marqueteiro da pré-campanha de Lula (PT), Augusto Fonseca, foi afastado, nesta quinta-feira (21), segundo informou o partido em nota. A decisão ocorre em meio a uma crise pública na comunicação da pré-campanha.

Dirigentes petistas vinham pressionando pela substituição do ex-ministro Franklin Martins, que coordena a comunicação e que indicou Augusto para o posto. Franklin foi chamado para uma conversa com Lula na quarta-feira (20), alimentando rumores de que seria destituído.

Já a saída de Fonseca era tida como iminente entre petistas. A torcida entre líderes do PT é que Franklin Martins também peça para sair de suas funções, o que levaria ao fim do impasse. Mas Lula tem dito a petistas que não tem outros nomes para a missão.

Um dos nomes cotados para assumir no lugar de Augusto Fonseca é Sidônio Palmeira, ligado ao PT da Bahia. Ele fez os programas vitoriosos do ex-governador da Bahia Jaques Wagner em 2006 e 2010, e do atual, Rui Costa, em 2014.

"O Partido dos Trabalhadores informa que, por razões administrativas e financeiras, não foi possível consolidar a contratação da produtora MPB para participar da campanha eleitoral deste ano", disse o partido em nota.

"A MPB foi selecionada, dentre outras conceituadas agências, pela alta qualidade da proposta apresentada, além de sua comprovada experiência em campanhas políticas vitoriosas. No entanto, não foi possível compatibilizar a proposta orçamentária com o planejamento dos recursos partidários", segue o texto.

"O PT reconhece a qualidade dos serviços prestados pela MPB na criação e produção das inserções partidárias de rádio e TV e agradece a dedicação e o empenho de seus dirigentes e profissionais neste período."

Como mostrou a coluna Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, os valores estimados para a campanha publicitária foram alvo de calorosos debates internos. Eles poderiam chegar a R$ 45 milhões, ou quase o dobro do que lideranças do partido imaginavam que ela custaria aos cofres da legenda.

A crise no marketing desnudou uma queda de braço na coordenação da pré-campanha, que também tem sofrido críticas internamente pela falta de uma unidade na disseminação de ideias e pautas –e o vaivém nas declarações do próprio ex-presidente.

Dois exemplos mais recentes foram as declarações sobre o aborto e a reforma trabalhista.

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