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TSE toma decisão sobre propaganda de Bolsonaro que questiona inocência de Lula

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Decisão do TSE sobre propaganda foi baseada em princípio constitucional  |   Bnews - Divulgação Foto: Ricardo Stuckert/BNews

Publicado em 13/10/2022, às 09h15   Redação BNews


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Ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Paulo de Tarso Sanseverino tomou uma decisão sobre a propaganda veiculada pela campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) questionando a inocência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu adversário no segundo turno da eleição presidencial.

A decisão foi tomada na análise de representação ajuizada pela Coligação Brasil da Esperança, da chapa Lula e Alckmin. A coligação apontou tratar-se de propaganda irregular, que tenta incutir no eleitor a falsa informação de que Lula não seria inocente, por meio do uso de expressões como “corrupto” e “ladrão” para referir-se ao ex-presidente.

O ministro determinou a suspensão da propaganda em qualquer modalidade (inserções ou bloco), sob pena de multa de R$ 50 mil por cada divulgação.

Segundo o ministro, as expressões foram usadas de forma abusiva, em violação ao princípio constitucional da presunção da inocência, que se aplica a todos os cidadãos.

“Verifica-se que, como alegado, a propaganda eleitoral impugnada é ilícita, pois atribui ao candidato à conduta de ‘corrupto’ e ‘ladrão’, não observando a legislação eleitoral regente e a regra de tratamento fundamentada na garantia constitucional da presunção de inocência ou não culpabilidade”, afirmou em decisão.

“Com efeito, não poderia a Justiça especializada permitir que os partidos políticos, coligação e candidatos participantes do pleito deixassem de observar direitos e garantias constitucionais do cidadão durante a exibição da propaganda no horário eleitoral gratuito na rádio e na televisão, utilizando-se como justificativa a liberdade de expressão para realizar imputações que, em tese, podem caracterizar crime de calúnia, injúria ou difamação ou que não observem a garantia constitucional da presunção de inocência”, acrescentou.

Classificação Indicativa: Livre

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