Eleições

Boulos promete rever Lei de Licitações e direcionar BNDES para pequenas empresas

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Candidato fez palestra para empresários da Associação Comercial do Rio nesta terça (31)  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/BNews

Publicado em 01/08/2018, às 07h25   Folhapress


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O candidato do PSOL à Presidência, Guilherme Boulos, defendeu na tarde desta terça-feira (31) uma revisão na lei 8.666, que regulamenta as licitações no país. Em palestra para empresários da ACRJ (Associação Comercial do Rio), Boulos disse que o objetivo é desburocratizar as licitações e ao mesmo tempo criar mecanismos que evitem a prática de cartéis e fraudes nessas disputas.

O candidato, identificado com ideias de esquerda e defensor do papel do Estado como fonte de desenvolvimento econômico, deu poucos detalhes de como faria isso na prática. Disse que a ideia seria diversificar os meios de contratação e dar mais transparência ao processo.

A mudança permitiria, por exemplo, que empresas menores possam contratar com o Estado com mais facilidade do que ocorre atualmente. No modelo posto hoje, em que as contratações são feitas pelo menor preço, as grandes empresas, que têm economia de escala e capacidade de cobrar menos pelos serviços, saem na frente nas disputas.

Segundo Boulos, a lei atual não impediu, por exemplo, a organização de cartéis em diversas obras públicas. A fala do candidato socialista foi interpretada como um aceno à plateia formada por comerciantes do estado do Rio, a maior parte deles de inclinação liberal na economia.

Ao propor desburocratizar a Lei de Licitações, Boulos estaria falando principalmente ao pequeno e médio empresário que não consegue competir com as grandes corporações quando o assunto é contratações com o poder público.
Boulos afirmou ainda que, caso eleito, irá direcionar os recursos do BNDES exclusivamente para pequenas e médias empresas.

As grandes teriam de buscar crédito em bancos comerciais, já que, em suas palavras, teriam capacidade de negociar melhores juros no mercado do que empresas de menor porte. "O BNDES não será um banco para financiar grandes corporações que têm condições de tomar empréstimos de outras fontes", disse. Ele fez questão de diferenciar suas propostas da política econômica do governo Dilma.

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