Marcos Mendes destaca desempenhos de Boulos, Ciro e Daciolo em debate

Pré-candidato ao governo do estado pelo PSOL, Marcos Mendes destacou o desempenho dos presidenciáveis Guilherme Boulos (PSOL), Ciro Gomes (PDT) e Cabo Daciolo (Patriota) – embora faça ressaltas aos dois últimos – no debate da TV Bandeirantes. Em entrevista ao BNews, na manhã desta sexta-feira (10), o psolita disse que Boulos ainda “vai crescer muito” no decorrer da campanha.

“O debate foi um debate inicial. Um dos pontos que observamos foi que Boulos e Daciolo bombaram no Twitter. Ele tocou em pontos nevrálgicos. É nesse momento que as máscaras caem. Alckmin se comportou como sempre se comporta, como um representante da grande burguesia”, avaliou. “Daciolo fica tentando se apegar aos evangélicos, apesar de ter tocado em assuntos importantes, como auditoria da dívida pública. Mas ele não deixa de estar no modelo tradicional da política”, acrescentou.

Sobre Bolsonaro, Mendes disse que o deputado “é um cara que é uma caricatura de candidato, não tem ideias, propostas, não tem conhecimento sobre o estado”. 

“Marina é aquela candidata, que, apesar de tocar em pontos importantes, insiste em erros como a transposição das águas do Rio São Francisco. Quando ela fez um bate-bola com Ciro, dizendo que foi importante, sabemos que não foi. É um projeto que não se sustenta. Ela demonstra ser mais do mesmo quando tenta jogar para a plateia”, analisou Mendes. “Ciro foi um candidato mais moderado. Mostrou conhecimento, mas o fato de não reconhecer que a transposição foi um equívoco faz com que ele não tenha uma maturidade”.

O socialista também teceu críticas a Álvaro Dias (Podemos) e a Henrique Meirelles (MDB). “Álvaro Dias demonstrou ser uma figura meio neutra, não sabe o que quer, não sabe o que não quer. Mas quando apontava com ódio Cuba e Venezuela, ele se engajou no próprio descontrole. Quando fala inverdades, demonstra ser um candidato apático”, disse. “Henrique Meirelles é um grande representante dos banqueiros. Foi uma das maiores decepções do debate, esperávamos que ele fosse um quadro, que fizesse um debate de alto nível. Mas foi mediano, não dizia ‘lé com cré’”, completou Mendes.