Eleições

Especialistas divergem sobre impacto do cancelamento de 3,3 milhões de títulos

Adenilson Nunes/BNews
Apenas na Bahia foram 586.333 títulos cancelados  |   Bnews - Divulgação Adenilson Nunes/BNews

Publicado em 27/09/2018, às 10h05   Guilherme Reis


FacebookTwitterWhatsApp

Especialistas ouvidos pelo BNews discordam sobre os impactos que o cancelamento dos 3.368 milhões de títulos por falta de recadastramento biométrico terá nas eleições. Nesta quarta-feira (26), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por 7 votos a 2, rejeitou uma ação do PSB para que os eleitores que não conseguiram se recadastrar pudessem votar. 

“Essa ação é oportunista, veio na véspera da eleição. Não vejo prejuízo para as eleições, porque não há como mensurar quem votará em determinado candidato”, avalia a advogada eleitoral Deborah Guirra. 

Ela acredita que, por falta de informação, eleitores que tiveram seus documentos cancelados irão às urnas no próximo dia 7 e serão impedidos de votar. “Acredito que haverá muito esse problema”, diz. 

Já para o historiador político Carlos Zacarias, o candidato do PT à presidência da República, Fernando Haddad, poderá sofrer prejuízos, já que o Nordeste, região onde lidera nas intenções de votos, foi também a campeã em cancelamentos de títulos. Apenas na Bahia foram 586.333, a maior quantidade entre os estados. "Mas não acho que vá alterar o resultado das eleições”, ressalta. 

De acordo com Zacarias, isso não deve resultar em eventual cancelamento do pleito. “Quem for derrotado vai reclamar e vai ao TSE, mas isso não deve resultar em uma decisão contrária às eleições”, acredita.

Na sessão de ontem, no TSE, o relator Alexandre de Moraes atendeu a um pedido do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) e informou que eleitores foram convocados por avisos nas contas de luz e água, por SMS, anúncios em rádio e TV e em partidas de futebol.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp