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Fundador do GGB declara apoio a Haddad: "É a esperança de salvar a pátria"

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Antropólogo participou das manifestações pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff em Salvador no ano de 2016  |   Bnews - Divulgação Divulgação/GGB

Publicado em 09/10/2018, às 19h36   Henrique Brinco


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O ativista Luiz Mott, de 72 anos, declarou apoio ao presidenciável Fernando Haddad (PT) no segundo turno. O professor aposentado da Universidade Federal da Bahia e fundador do Grupo Gay da Bahia, fez duras críticas nos últimos anos aos governos Lula e Dilma. No passado, o militante foi engajado nas campanhas petistas no Estado. "Haddad é a esperança de salvar a pátria", destaca, em entrevista ao BNews, direto de Madrid (Espanha).

O antropólogo participou das manifestações pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff em Salvador no ano de 2016, ganhando destaque na época por tecer comentários ácidos nas redes sociais. "Até hoje não me desfiliei do PT, embora que, desde a segunda eleição do Lula, rompi com o partido porque discordei de muitas medidas. Dilma foi a presidente que vetou o projeto de lei 122, que ia equiparar a homofobia ao crime do racismo", lembra.

"Declaro esse apoio apesar de eu ter tantas críticas ao PT e ao próprio Haddad, porque, quando ele foi Ministro da Educação, também vetou o kit anti-homofobia junto com Dilma. O momento atual é tão trágico e perigoso que um candidato assumidamente machista solta declarações na mídia contra mulheres, negros e homossexuais", critica Mott.

O fundador do GGB também lamenta a polarização política. "Nós últimos dias tem tido várias agressões contra gays, trans e outros. Em vista disso, optei por apoiar Haddad numa posição da civilização contra a barbárie. Porque Bolsonaro representa a barbárie e a intolerância. Mas cobro de Haddad que ele se descole do Lula. Que ele pare com esse apoio que os brasileiros não querem", completa.

Luiz Mott é Professor Titular do Departamento de Antropologia da UFBA, aposentado, especialista em Brasil Império e Colonial. Foi um dos articulistas da publicação "História da Vida Privada No Brasil", na sua primeira edição. O ativista ocupa a 379ª posição na seleta lista dos 500 gays que tiveram maior impacto na sociedade divulgada pela revista holandesa 'Wink' e por sua versão internacional, 'Mate', no ano de 2012.

Classificação Indicativa: Livre

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