Eleições

Lula, Dilma e Serra devem R$ 114,5mil

Publicado em 06/11/2010, às 16h15   Luiz Fernando Lima e Agências


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Acabou a eleição, mas as contas ainda não foram pagas, ao menos as multas. O valor chega a ser irrisório quando comparado ao montante investido nas principais campanhas, no entanto, o mau exemplo está ai. Começa pelo topo da pirâmide e desce até os eleitores.

O levantamento da Folha de São Paulo mostrou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sua sucessora eleita, Dilma Rousseff e o candidato à presidência da república derrotado no segundo turno, José Serra (PSDB), juntos devem R$ 114,5mil à Justiça Eleitoral.

Os advogados dos partidos já recorreram e esperam por uma decisão que reduza a quantidade de dividas dos três. Cada um na sua, é claro. Contudo, se o cidadão parar para refletir um pouco verá ai mais um exemplo de como a própria justiça funciona de forma diferente em um país que assume um discurso de democrático.

Não, não é o pior dos exemplos, mas é mais um que se soma a tantos outros. Caso o eleitor deixe de comparecer a urna e não justifique sua ausência em até 60 dias vai sofrer sanções drásticas, eles não. Podem recorrer e esperar o tempo que for até que o mérito da questão seja julgado.

Exemplo disso, o presidente Lula, tem uma divida de R$ 900 mil com a justiça eleitoral que vem percorrendo os corredores dos tribunais desde 2006. A punição foi dada por violação da Lei eleitoral.

Opa, fique um ano sem pagar o IPVA de carro e seja parado em uma blitz. Vai ser constrangedor, pode ter certeza disso. Bom, são situações diferentes.

O que se coloca neste caso é o seguinte. Dilma foi multada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e devia R$ 53 mil, dos quais pagou apenas R$ 16 mil. Lembrete, a campanha dela estava estimada em R$ 190 milhões.

Serra recebeu penalizações que acumuladas somam R$ 70 mil. O tucano desembolsou até o momento RS 40 mil. A campanha dele estava estimada em R$ 180 milhões.

O presidente Lula foi multado em 47,5 mil reais. Ainda não colocou a mão no bolso.

Apesar dos recursos e todos outros procedimentos adotados, os advogados dos dois partidos, entrevistados pela reportagem do Folha, acreditam que a atuação da TSE foi equilibrada.

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