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Aliado de Rui, PDT joga responsabilidade de aliança com Bruno Reis para Carlos Lupi

Imagem Aliado de Rui, PDT joga responsabilidade de aliança com Bruno Reis para Carlos Lupi
Presidente nacional do PDT virá a Salvador para selar aliança com o DEM  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 28/08/2020, às 21h12   Henrique Brinco



O PDT na Bahia vai mesmo permanecer na base do governador Rui Costa (PT). Ainda assim, a sigla quer apoiar o pré-candidato Bruno Reis (DEM) em Salvador. Essa informação foi confirmada ao BNews por duas fontes importantes de dentro da sigla pedetista, em condição de anonimato. 

O presidente nacional Carlos Lupi deve desembarcar na capital baiana em breve para finalizar a articulação. Os pedetistas argumentam que os dois principais partidos da base de Rui (PSD e PP) também coligarão com o DEM em vários municípios do interior da Bahia. Ou seja, a imposição na capital, na visão deles, não faz o menor sentido.

Procurado, o presidente estadual Félix Mendonça Jr. também confirmou que o partido continua na base petista - mas afirmou que a Executiva Nacional será a responsável por arrematar a aliança na cidade. "Em Salvador, a decisão estatutariamente é da Nacional, que ainda virá a Salvador para a decisão e divulgação", declarou, para a reportagem, negando ainda qualquer pretensão de sair candidato em uma chapa própria.

Segundo interlocutores, a participação de Lupi na articulação soteropolitana tem um motivo: isentar o próprio Félix e demais pedetistas baianos de qualquer mal-estar com Rui. Lupi também tem o poder de vetar ou avalizar alianças entre PDT e PT na esfera nacional e responder a qualquer eventual pressão do Palácio de Ondina. O acordo entre o DEM e o PDT em Salvador foi selado entre o presidente nacional democrata ACM Neto e do presidenciável Ciro Gomes com vistas em 2022, quando o herdeiro carlista sairá como candidato ao Governo do Estado e dará palanque local ao cearense na corrida pelo Palácio do Planalto.

Ainda questionado pela reportagem, Félix também nega os rumores de que teria sido pressionado por Rui a não apoiar Bruno sob ameaça de o PDT perder postos na gestão estadual. "Depois da última vinda de Lupi, presidente do PDT nacional, ainda não estive com o governador Rui. Então, não teve pressão ou descompressão. Vi uma nota dizendo que tomei um café da manhã, este café não aconteceu nem por telefone", ironizou.

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