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Nilo se esquiva sobre Conder e diz que responsabilidade seria do governo

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Candidato à reeleição estadual e presidente da Alba foi o entrevistado do Se Liga Bocão desta segunda-feira (14)  |   Bnews - Divulgação Bocão News

Publicado em 14/07/2014, às 19h55   Djalma Júnior (Twitter: @djalma88)



O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), deputado Marcelo Nilo (PDT) se esquivou de uma possível responsabilidade sobre contratos da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder) com empresas de advocacia em Salvador e que é acusada de realizar contratos ilícitos com escritórios.

Em entrevista ao programa Se Liga Bocão, da Rádio Itapoan FM, na noite desta segunda-feira (14), o parlamentar ressaltou ser presidente de um Poder e “nestes casos o governo é quem está à frente”.

Ainda sobre o caso, Nilo reforçou não poder se manifestar por não ter conhecimento da situação, em mãos. “É preciso que a denúncia chegue formalmente à Alba para ser analisada e assim tomarmos as providências, enquanto Assembleia Legislativa”.

O pedetista que acreditava ser o candidato do governador Jaques Wagner (PT) nas próximas eleições, “derrubando qualquer adversário” disse que o petista teria sido “muito republicano na situação da sua escolha como candidato a vice do governo”.

Mas Nilo admitiu que, como o governador escolheu Rui Costa como candidato ao governo, que o respeitaria. Mesmo com a breve desavença política, o pedetista afirma que Wagner foi o chefe estadual que mais trabalhou no na Bahia. “Nunca na história da Bahia um governador trabalhou tanto”, disse reforçando algumas das obras entregues e encaminhadas, como a Via-Expressa, o Complexo de Viadutos do Imbuí e parte das estradas do estado.

Fim das bolsas de estudos

Ainda em entrevista, Marcelo Nilo falou sobre a suspensão da concessão de bolsas de estudos no âmbito da Assembleia. Segundo ele, após reunião com a promotora Rita Tourinho, foi assinado um Termo de Ajustes de Conduta (TAC) para o encerramento do benefício que funcionará até o dia 31 de dezembro de 2014. Para o Ministério Público, segundo Nilo, a atividade seria considerada inconstitucional por ser um tipo de política pública e isto só cabe à administração pública, não sendo, portanto, uma função da Assembleia Legislativa.

Nilo x Wagner x ACM Neto

Sobre a sua relação política com o governador Jaques Wagner e o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), Nilo diz que apesar de fazer política estadual dificilmente tem algum problema com o demista.  “Apesar das críticas existe respeito”, pontuou.

Já sobre a “amizade” entre ACM Neto e Wagner, depois do vazamento do ofício encaminhado ao prefeito ACM Neto (DEM) referente à licitação do transporte público de Salvador e que gerou uma troca de acusações entre o gestor de Salvador e o governador, o presidente da Alba também afirmou que o prefeito da capital baiana teria politizado a situação. “Wagner apenas sugeriu a suspensão da atividade, mas ele (ACM Neto) levou isto para o âmbito político”, disse.

Atividades na Assembleia

Com a Alba em recesso até o próximo dia 30 julho, Marcelo Nilo disse durante a entrevista que o seu pleito, enquanto presidente da Casa, apresentou projetos relevantes à exemplo do fim do nepotismo e o encerramento dos 14º e 15º salários dos deputados na Assembleia.

Se eleito, Nilo lembra que estará em seu sétimo mandato e pontua “que esta não será uma eleição fácil”. Quanto à sua permanência à frente da presidência da Assembleia ele diz, em tom de previsão, que “logo depois da vitória de Rui Costa, por estar convencido de que o candidato ganhará no primeiro turno, sentará com as lideranças para decidir o futuro sobre este assunto”.

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