Eleições

Ciro Gomes rejeita a possibilidade de apoiar Lula se houver 2º turno

Agência Brasil
'Nunca mais farei campanha para bandido', diz Ciro  |   Bnews - Divulgação Agência Brasil

Publicado em 24/02/2022, às 07h15   Redação


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O ex-ministro e pré-candidato à presidência, Ciro Gomes (PDT), descartou a possibilidade de apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), caso haja segundo turno contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). "Nunca mais farei campanha para bandido nesse País, nem que o pau tore. Por isso eu tenho que estar no segundo turno", disse o pedetista nesta quarta-feira (23), sem citar diretamente o ex-presidente.

De acordo com o Estadão, a declaração de Ciro foi durante painel no CEO Conference 2022, evento do banco BTG Pactual. O pré-candidato respondia a uma pergunta sobre se irá para Paris caso não esteja no segundo turno, como fez em 2018. A viagem frustrou as expectativas de apoio dele à candidatura de Fernando Haddad (PT). "Eu não fui para Paris para não votar. Eu voltei e votei no Haddad", defendeu.

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Na época, a viagem, evitou que Ciro fizesse a campanha do segundo turno ao lado do PT. A atitude gerou críticas na esquerda, que o acusou de se omitir e beneficiar o então candidato do PSL, Jair Bolsonaro, que venceu a eleição.

Sobre a disputa eleitoral deste ano, o pedetista voltou a se posicionou contra as análises de que não há espaço para uma terceira via, um nome alternativo a Lula e a Bolsonaro, respectivamente líder e vice-líder das pesquisas de intenção de votos. Também discordou que o ex-ministro Sérgio Moro (Podemos) seja o candidato mais competitivo da chamada terceira via. "Há um elemento instável, que é o nosso povo. Sistematicamente, a gente não aprende, que o nosso povo se comporta como rebelde perante as coisas", afirmou.

Ciro citou exemplos de imprevisibilidade nas eleições passadas. Um deles foi o atentado à faca contra a vida de Bolsonaro, que impulsionou as intenções de voto do atual presidente, em 2018. "Em fevereiro de 18, ninguém dava a menor bola, fomos minimizando o risco Bolsonaro", disse ele. "Veio uma facada e pronto: o homem está eleito. O resultado prático é que o número de mortes por covid é quatro vezes maior que a média mundial. E esse resultado é motivado pela política genocida do presidente."

Caso eleito, Ciro disse que acabaria no primeiro dia de governo com as emendas de bancada e de relator. Essas geraram o esquema do Orçamento Secreto, controlado por parlamentares e revelado pelo jornal Estadão.

O pedetista afirmou também que levará a plebiscito projetos importantes que tenham resistência do Legislativo. "Vou substituir essa rendição imobilista que só dá crise. "Governar desse jeito e com essa gente é a certeza do fracasso", criticou.

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