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Preta Gil comemora 15 anos de carreira e comenta desafio de manter excelência no Expresso 2222

Genilson Coutinho
“Quero manter um trabalho de excelência, a gente não pode retroceder em nada"  |   Bnews - Divulgação Genilson Coutinho

Publicado em 16/01/2018, às 11h41   Rafael Albuquerque



A cantora Preta Gil está comemorando 15 anos de carreira com o CD “Todas as cores”. Ao BNews, ela falou sobre essa trajetória e do arrependimento de não ter se assumido como cantora antes: “são 15 anos de muito aprendizado, de autoconhecimento. Eu demorei muito para me assumir como cantora, aos 29 anos, tarde. Se eu não tivesse desistido quando eu comecei, aos 17 anos, por problemas pessoais, eu teria tido muito mais felicidade. Me sinto muito plena e me conhecendo a cada ano mais, fazendo um trabalho autoral que se aproxima da minha essência, do que eu acredito. Me sinto assumindo que a diversidade e o ecletismo fazem parte do meu DNA. Isso não é discurso, é a realidade. Eu não assumia isso. Eu tentava me enquadrar em um estilo, mas eu não tenho estilo. A gente vive num mundo onde as individualidades são cada vez mais respeitadas, e eu não preciso me enquadrar em MPB, pop, axé. Posso ser tudo isso, e eu assumo muito isso no CD ‘Todas as cores’, e por isso ele tem esse nome”. 

A cantora, que está prestes a lançar um clipe da música “Cheia de Desejo”, falou seus últimos hits: “eu nunca lancei nada na minha vida como uma aposta, porque eu acho que isso quem elege são as pessoas. Você tem que cair no gosto do povo. Então, para mim todas as músicas do disco são minhas eleitas, como ‘Decote’ foi, como ‘Vá de benzer’ foi e agora ‘Cheia de desejo’ também. Mas ‘Vá se benzer’ tem uma força que nenhuma música vai apagar. Ela tem uma força na mensagem, na construção da música, que é para sempre. Domingo eu fiquei impressionada, porque fui cantar no ensaio do Jau e estava na boca do povo. E olhe que eu não sou uma artista que toca em rádio, não tenho essa assiduidade”.

Questionada pelo BNews se sua vinda para o Expresso 2222 seria uma forma de cristalizar seu trabalho em Salvador, Preta explicou: “é uma das formas. A melhor maneira de eu cristalizar o meu trabalho é me aproximando cada vez mais do povo. O Expresso não me aproxima do povo, me aproxima da função de empresária, me aproxima da cidade em si. Mas minha grande motivação na vida são as pessoas. O Expresso me aproxima das pessoas que escolheram estar ali no camarote, mas eu quero estar perto do povo. Por isso insisto tanto em trazer o Bloco da Preta. Posso dizer que o camarote é uma das formas de eu me aproximar, mas eu quero me aproximar em diversas vertentes, através do meu canto”.

Preta Gil sabe que o desafio de capitanear um espaço como o Expresso 2222, que recebe muitos convidados, é grande, mas está disposta a apostar todas as suas fichas para manter o padrão que fui cultivado por Flora: “quero manter um trabalho de excelência, a gente não pode retroceder em nada. A gente mantém o mesmo staff. Fafá, que é irmã de Flora, continua como produtora-executiva, Marina, minha irmã, continua à frente da logística, Marília Gil, também minha irmã, também está frente da operação. Tem uma equipe de infraestrutura que continua. Eu não quis mexer nisso de maneira nenhuma, porque em time que está ganhando não se mexe. A gente trouxe o pessoal do meu escritório. Então, o maior desafio e manter tudo e receber as pessoas com a mesma excelência que Flora recebeu durante todos esses anos”.

Classificação Indicativa: Livre

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