Entretenimento

Gilberto Gil diz que começou a notar racismo na adolescência em colégio com poucos negros

Reprodução / Instagram
O cantor e compositor baiano ainda lembrou a importância de Jorge Ben Jor em seu processo de conscientização  |   Bnews - Divulgação Reprodução / Instagram

Publicado em 07/08/2020, às 08h44   Folhapress


FacebookTwitterWhatsApp

O cantor Gilberto Gil, 78, falou na noite desta quarta-feira (5) sobre o seu processo de entendimento sobre o racismo. No programa Conversa com Bial (Globo), ele relembrou sua infância na cidade de Ituaçu, interior da Bahia, e afirmou que, por ter pais reconhecidos na cidade, não se sentia uma vítima de racismo –mas que essa realidade mudou com os anos.

"Não sentia diferença. Meu pai era uma figura proeminente da sociedade. Era um doutor, era um orixá, o grande curandeiro. Fazia o parto das grávidas brancas e das grávidas negras", lembra.

“Só fui perceber essas questões graves da vida no mundo muito mais tarde. Já no colégio, no ginásio”, continuou, acrescentando que no novo colégio de elite, dentre centenas de alunos, havia apenas “10 negros na melhor das hipóteses”.

Foi dentro deste cenário que o cantor percebeu "o racismo, discriminação, o deslocamento social que aquele grupo étnico sofria”.

O artista ainda citou a importância de Jorge Ben Jor em seu processo de conscientização das dificuldades do negro na sociedade, afirmando que o cantor abordava temas negros e representava "uma manifestação clara da afirmação da grandeza negra”.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp