Após divergências, secretários se acertam e pretendem transformar Parque de Exposições |
Publicado em 22/05/2012, às 16h34 Alessandro Isabel
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A necessidade de colocar Salvador no roteiro dos megaeventos nacionais e internacionais despertou o interesse dos secretários estaduais de Turismo (Setur), Domingos Leonelli, e da Agricultura (Seagri), Eduardo Salles, em transformar o Parque de Exposições de Salvador num grande complexo de eventos.
De acordo com às secretarias a discussão sobre um espaço para receber grandes atrações em Salvador, já se desenvolve há alguns anos. Segundo Leonelli, a Setur apresentou, a priori, ao governador o anteprojeto da "Cidade da Música" que poderia ser implantada em regime de Parceria Público-Privada (PPP). “A proposta foi entregue ao governador Jaques Wagner e representa uma dupla ampliação do potencial turístico da Bahia. Ao tempo em que insere a cidade de Salvador e o estado da Bahia no roteiro dos grandes shows internacionais”, explica o secretário.
O projeto de Leonelli prevê a implantação de uma grande arena para 70 mil pessoas, estacionamento subterrâneo para oito mil carros, casa de espetáculos para 15 mil pessoas, um anfiteatro para seis mil espectadores, centro de formação profissional para música e áreas específicas para as várias manifestações musicais da Bahia. “O espaço deve contar com restaurantes, bares, centro de entretenimento, lojas especializadas em música e poderá, também, abrigar o Museu do Carnaval”, afirma.
Do outro lado da lança surge, mais recente, o anteprojeto da Seagri que batiza o novo espaço como “Casa do Campo e da Música”, incluindo, além do setor de entretenimento musical, o ramo da agropecuária. Salles entregou o documento original nas mãos do secretário do Planejamento (Seplan), José Sérgio Gabrielli, em audiência na manhã de segunda-feira (21), em Salvador.
“Nós queremos disponibilizar para a população baiana um dos melhores locais para a realização de eventos do mundo”, disse o secretário, lembrando que uma comissão tripartite, composta por representantes da Seagri, dos criadores e da música, levantou as premissas básicas de cada segmento. “Agora buscamos a participação da Seplan, que é quem tem a expertise para realizar o processo de Manifesto de Interesse público-privado, como foi feito com a nova Arena da Fonte Nova e da mobilidade urbana de Salvador”, explicou Salles.
Ainda segundo o secretário da agricultura, Gabrielli assumiu tocar o projeto e propôs a criação de um Grupo de Trabalho, coordenado pela Seplan e composto pela Seagri, Sefaz, Setur, Casa Civil e PGE, que já se reúne na próxima quinta-feira (24) para iniciar os trabalhos, seguindo as determinações do Decreto 12.653/2011, que regulamenta a matéria. Inicialmente serão observados os estudos preliminares, que permitem a apreciação técnica do procedimento no que concerne a custos, benefícios, prazos e viabilidade.
No anteprojeto da agricultura no espaço pode se instalar sedes para todas as associações de criadores e da música em um “open space”, e um centro administrativo da agropecuária, com instalações da EBDA, Adab, Bahia Pesca e CDA, onde os agropecuaristas poderão acessar serviços num mesmo local, além de áreas para a realização de exposições agropecuárias, e equipamentos modernos para eventos da música e culturais, além de formaturas.
Leonelli, que parece ter chegado a um acordo com Salles, acredita que a implantação da Cidade da Música e do Campo na área de 280 mil m² na avenida Paralela, parece ser a melhor alternativa urbanística para a cidade de Salvador, que sempre teve na música o seu principal elo na cadeia da economia da cultura. No espaço dedicado a grande vocação artística da cidade poderão ser implantados, também, hotéis, escola técnica, uma grande tenda multiuso para eventos de dimensão superior as suportadas pelo Centro de Convenções e há ainda a sugestão de um teleférico que saia do atual Parque de Exposições e vá até a Lagoa do Abaeté.
“Os nossos blocos de Carnaval, os nossos grupos de samba e de forró poderão acrescentar nas suas atividades cotidianas a produção de souvenires e instrumentos musicais à venda para turistas e baianos. No prédio destinado a escola técnica, estúdios de ensaio e gravação, cursos de qualificação profissional para iluminação, sonorização, cenografia e produção”, conclui. O valor do projeto não foi divulgado.
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O projeto de Leonelli prevê a implantação de uma grande arena para 70 mil pessoas, estacionamento subterrâneo para oito mil carros, casa de espetáculos para 15 mil pessoas, um anfiteatro para seis mil espectadores, centro de formação profissional para música e áreas específicas para as várias manifestações musicais da Bahia. “O espaço deve contar com restaurantes, bares, centro de entretenimento, lojas especializadas em música e poderá, também, abrigar o Museu do Carnaval”, afirma.
Ainda segundo o secretário da agricultura, Gabrielli assumiu tocar o projeto e propôs a criação de um Grupo de Trabalho, coordenado pela Seplan e composto pela Seagri, Sefaz, Setur, Casa Civil e PGE, que já se reúne na próxima quinta-feira (24) para iniciar os trabalhos, seguindo as determinações do Decreto 12.653/2011, que regulamenta a matéria. Inicialmente serão observados os estudos preliminares, que permitem a apreciação técnica do procedimento no que concerne a custos, benefícios, prazos e viabilidade.
