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Marcelo Nova não tolera gravação de CD da Camisa de Vênus com dinheiro público

Imagem Marcelo Nova não tolera gravação de CD da Camisa de Vênus com dinheiro público
Após saber que a Secult iria financiar o disco de músicas inéditas, o cantor entrou com ação judicial. Entenda  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 30/10/2012, às 11h07   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Após ter sido abordado por um garoto em um shopping de Salvador, Marcelo Nova se demonstrou decepcionado com o trabalho da nova formação da banda Camisa de Vênus, liderada por Eduardo Scott desde 2009. “Ele me perguntou se eu tinha visto o que haviam feito com o Camisa de Vênus e eu respondi que não. Ele me pediu pra esperar e depois retornou com um CD com a logo da banda em uma capa de cartolina vagabunda e um CD-R com impressão que sai com a unha. Fiquei profundamente triste”, desabafou em entrevista para o jornal A Tarde.



Marcelo Nova é baiano e mora há quase 30 anos em São Paulo


Ainda em contato com a publicação, Nova tenta explicar o motivo de sua real chateação. “O Camisa teve desde o início fonograficamente falando, uma trajetória de no mínimo respeitável. O último disco que o Camisa gravou (Quem é você, 1996) foi coproduzido por Eric Burdon (cantor da banda inglesa The Animals), mixado e masterizado em Los Angeles, com acabamento primoroso e qualidade técnica irrepreensível”, conta.

Ao saber do fato de que o Camisa de Vênus iria gravar um disco de músicas inéditas com recursos (R$ 48.100) cedidos pela Secult-BA, através do Fundo Cultural 2012, Marcelo Nova entrou com uma ação judicial para impedir a gravação. “O Camisa pedindo dinheiro ao governo para gravar um disco me envergonha. Ora, nós surgimos para se opor justamente a esse tipo de coisa. Como titular do nome, me senti na obrigação de tomar medidas legais para por os pingos nos ‘Is’. Então, fiz uma comunicação de que haveria um impedimento”, conta.



Trabalho da formação liderada por Eduardo Scott não agradou Marcelo Nova


Em contato com o guitarrista, único integrante da banda que topou falar com o jornal, Gustavo Müllen, fez pouco caso do assunto. “Se ele não gosta de ver o Camisa gravando com dinheiro do governo, por que ele toca no Sesc e na Virada Cultural de São Paulo?”, questiona.

Ainda de acordo com Gustavo, sua esposa, que é advogada, garante que a ação impetrada por Marcelo não tem valor. “Ele ainda não pagou o registro de nome Camisa de Vênus no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial). E o documento que ele enviou está vencido. Judicialmente, ele não tem validade”, assegura.


Fotos: Divulgação

Classificação Indicativa: Livre

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