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Museu du Ritmo será revitalizado

Imagem Museu du Ritmo será revitalizado
Carlinhos Brown fechou parceria com a Caixa que transformará o local em Espaço Cultural  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 26/01/2013, às 07h10   Terena Cardoso (Twitter: @terena_cardoso)


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A falta de estrutura do Museu du Ritmo, idealizado por Carlinhos Brown e inaugurado em 2007, não será mais problema em aproximadamente 12 meses. É o que prevê a parceria entre o Cacique e a Caixa Econômica Federal, que pretende transformar o local em um de seus espaços culturais. “Nós temos sete desses espaços espalhados pelo Brasil. Eles são referências culturais em São Paulo, Recife, Brasília, Fortaleza... Agora, vamos aprofundar um estudo e transformar o Museu du Ritmo em um local a ser compartilhado”, promete o vice-presidente de logística da Caixa, Paulo Roberto dos Santos.



No início da tarde desta sexta-feira (25), foi assinado um termo de compromisso entre os gestores. Na ocasião, Carlinhos Brown reconheceu a necessidade de uma revitalização do espaço. “Já estava na hora de reverter a situação do Museu du Ritmo. Mas, sozinhos, nós, artistas, não iríamos conseguir. Essa co-gestão vai proporcionar essa acessibilidade de que precisamos aqui. O Museu du Ritmo foi pensado para um século. Tudo bem que não estaremos aqui até lá. Mas, esse país precisa ser pensado”, afirma. Brown ainda chama atenção para o ‘salto cultural’, que ele próprio define. “Aqui foram vividos momentos duros de escravidão. Eram comercializadas pessoas aqui. Agora, demos um salto e vamos devolver essa cultura que move essa cidade e as pessoas precisam entender isso. É o timbau que atrai o turista, que enche os hotéis e os restaurantes”, acredita.



Até que as obras de revitalização sejam iniciadas e concluídas, o Museu du Ritmo não vai parar de funcionar. Por enquanto, as ideias permanecem nos papéis e na imaginação de Carlinhos Brown. “Vamos criar um teatro com aproximadamente 500 lugares e dar a ele o nome de Marieta Severo, porque ela merece essa homenagem. Teremos um Centro de Músicas Negras, que será uma base para referendar a música africana, a quadra Sérgio Mendes, que já existe, será revitalizada também. E eu ainda não conversei com a família dela, mas sei que não haverá impasses... É possível que tenhamos aqui uma galeria que leve o nome de Zélia Gattai”, disparou o cantor, lembrando de um velho pedido de ACM avô “e a Calçada do Êxito, que foi um pedido de Antônio Carlos Magalhães. No início de tudo ele pediu que isso não fosse retirado do projeto porque essa calçada, que pode levar nomes de jornalistas, artistas e cantores, é um ativo forte da cultura e da arte”, conta.



Sobre a acessibilidade do Espaço Cultural da Caixa, o gestor de logística, Paulo Roberto dos Santos, lembra que os eventos exibidos nos ambientes são variados. “Nós trabalhamos com atrações cujos valores são diferentes. A intenção é que tenhamos grandes eventos os quais possamos abrir a visitação gratuita e outros que sejam pagos. Para nós, apoiar o esporte e a arte é uma forma de devolver à sociedade aquilo que ela investe na gente. E não vemos isso como dívidas e sim lucros imateriais, superiores e permanentes”, garante o gestor.

Postada às 13h10 do dia 25 de janeiro

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