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Sócio da Caco de Telha nega acusações

Imagem Sócio da Caco de Telha nega acusações
Após ser acusado de monopólio e crime contra a ordem econômica entre outras, Kleber Sangalo explica contrato com faculdades   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 01/03/2011, às 19h35   Luiz Fernando Lima



O empresário e sócio da Caco de Telha Formaturas Kleber Sangalo entrou em contato com a reportagem do Bocão News nesta terça-feira (1) para responder às denuncias de um grupo de fotógrafos e empresários do setor publicadas neste site na segunda-feira (28).

De acordo com Sangalo, nenhuma das acusações tem procedência. “Eles alegam que há venda casada o que não é verdade. Já que a solenidade é oferecida gratuitamente para os formandos. Outra coisa é que os estudantes não são obrigados a assinarem o contrato. Nós fechamos com as faculdades, os formandos continuam com as opções de fazerem a solenidade por conta própria ou não fazerem”, afirmou o empresário.

Ainda segundo o empresário, o que tem gerado a polêmica é que nos contratos firmados com as instituições de ensino existe uma clausula de exclusividade. O acordo, defende Sangalo, incide apenas nas solenidades oferecidas pela faculdade. “Ficamos chateados com a desinformação”, lamenta o empresário.

O entendimento dos concorrentes é de que os contratos de exclusividade
representam uma medida danosa, mas o empresário argumenta que não se trata de retirar ninguém do mercado. Sangalo utiliza o exemplo de empresas de São Paulo e Rio de Janeiro que atuam nas duas áreas em questão e que coexistem no mercado.

“Sobre as denúncias no Ministério Público temos (Caco de Telha) a certeza de que haverá um entendimento e que as acusações não tem fundamento”, acredita Sangalo.

Fotografia

O empresário justifica a vedação de fotógrafos profissionais contratos separadamente pelos formandos porque, segundo ele, a logística ficaria comprometida. “Imagine numa turma com 100 estudantes se todos levassem os seus fotógrafos seria uma bagunça”.

Sangalo nega que os valores cobrados aos estudantes pelas fotografias e filmagens sejam fixados entre R$ 1,5 mil e R$ 3 mil. De acordo com ele, não há uma tabela  e os preços são negociados. “Quando fechamos o contrato com os estudantes existe uma clausula referente às questões de imagens. O formando pode não querer ou até mudar de ideia. Nós temos um contrato com uma empresa de São Paulo que é responsável pelo material, por isso, os preços podem chegar a valores maiores, mas não é definitivo” .

Ainda segundo Sangalo, isto não configura monopólio ou venda casada porque há a possibilidade de escolha. “Agora, se o formando e seus familiares quiserem levar as máquinas pessoais ninguém vai proibir, nem ficar perseguindo formando”, afirmou.

Contudo, os denunciantes contestam a defesa e acreditam que a médio prazo muitas empresas serão obrigadas a fechar as portas. Como no caso do fotografo Samuel Cerqueira, antigo contratado da Caco de Telha, que rompeu com o grupo por discordar do monopólio do mercado.

“Depois que encerrei meu vínculo com eles, tive que demitir 10 funcionários da minha empresa. Sinto muito, mas não posso arcar com os custos após a perda do contrato. Felizmente, tenho outros clientes. Não poderia aceitar essa proposta. Se o fizesse, seria omisso, um yes man. Tenho 30 anos de carreira na fotografia e não posso aceitar esse modelo predatório”, observou.

Questionado sobre a quantidade de convites ser limitada em 10 por formando, o empresário disse que o problema é a falta de espaço mesmo e que o cálculo respeita a capacidade do teatro alugado. “Geralmente trabalhamos com o Iemanjá, no Centro de Convenções, que é o maior para este tipo de evento. Neste caso, se sobrar convites, distribuímos da melhor forma possível, sabemos da dimensão do que estamos fazendo”, disse.

Sangalo ressaltou que a empresa na fila de reserva para datas normalmente como qualquer outra, sem privilégios.

Contrato

Kleber Sangalo esclarece que os contratos com as instituições são feitos da seguinte forma. “Nós realizamos a solenidade gratuitamente para os estudantes e as faculdades nos disponibilizam espaços internos para explorarmos com os nossos parceiros comerciais”, revela.

O negócio consiste em utilizar a universidade como local para fazer negócios. Neste sentido, a Caco de Telha pode colocar, por exemplo, uma loja de venda de celular, de informática, montar um laboratório e nomeá-lo com a marca de “parceiro” da empresa.

As placas e outdoors internas também podem entrar no negócio. As mídias dentro dos elevadores e escadas. A Caco de Telha ainda pode explorar a própria solenidade, levando parceiros (marcas) para dentro do teatro.

O empresário afirma que não há problema nenhum nisso. “Acontece que pensamos nas faculdades como um espaço com grande potencial de negócio e estamos trazendo as experiências de outros centros para a Bahia. Esta é a contrapartida”, concluiu.

Classificação Indicativa: Livre

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