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Após defender existência de partido nazista, entidades judaicas criticam Monark

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Monark, que fez o comentário no Flow Podcast desta segunda (7), pediu desculpas e disse que estava bêbado  |   Bnews - Divulgação Reprodução/YouTube/FlowPodcast

Publicado em 08/02/2022, às 18h22   Redação Bnews


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Organizações judaicas criticaram o apresentador Monark,  do Flow Podcast, por ter defendido, nesta segunda-feira (7), a existência de um partido nazista no Brasil que fosse reconhecido legalmente. A fala viralizou e fez com que o podcaster perdesse patrocínios e fosse demitido pelo Flow.

A fala repercutiu nas redes sociais levando organizações judaicas como a Confederação Israelita do Brasil e a Federação Israelita de São Paulo repudiaram os comentários feitos por Monark. "A CONIB (Confederação Israelita do Brasil) condena de forma veeemente a defesa da existência de um partido nazista no Brasil e o “direito de ser antijudeu”, feita pelo apresentador Monark, do Flow Podcast. O nazismo prega a supremacia racial e o extermínio de grupos que considera 'inferiores'", diz uma das notas.

A Federação Israelita Paulista descreveu a fala do podcaster como “absolutamente inaceitável. “Nós, da Federação Israelita do Estado de São Paulo, repudiamos de forma veemente esse discurso e reiteramos nosso compromisso em combater ideias que coloquem em risco qualquer minoria”. 

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O comentário de Bruno Aiub, conhecido como Monark, foi feito na edição do podcast desta segunda, que contou com a participação dos deputados federais Kim Kataguiri (Podemos) e Tábata Amaral (PSB). 

Durante a edição, Monark disse: "A esquerda radical tem muito mais espaço do que a direita radical, na minha opinião. As duas tinham que ter espaço. Eu sou mais louco que todos vocês. Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista, reconhecido pela lei". 

Ele foi rebatido por Tabata logo após a declaração, mas insistiu no argumento questionando a parlamentar. "As pessoas não têm o direito de ser idiotas?", perguntou.

Monark chegou a gravar vídeo em que afirma que sua fala foi tirada de contexto e que ele considera o nazismo abominável. Em outro vídeo, o apresentador disse que tinha errado, pediu desculpas e afirmou que estava bêbado durante o programa. 

O Flow Podcast, criado por Monark e Igor Coelho, é um dos podcasts com maior audiência do Brasil, com 3,6 milhões de inscritos só no YouTube.

Leia as notas na íntegra:

CONIB - Confederação Israelita do Brasil

A CONIB (Confederação Israelita do Brasil) condena de forma veeemente a defesa da existência de um partido nazista no Brasil e o “direito de ser antijudeu”, feita pelo apresentador Monark, do Flow Podcast. O nazismo prega a supremacia racial e o extermínio de grupos que considera “inferiores”. Sob a liderança de Hitler, o nazismo comandou uma máquina de extermínio no coração da Europa que matou 6 milhões de judeus inocentes e também homossexuais, ciganos e outras minorias. O discurso de ódio e a defesa do discurso de ódio trazem consequências terríveis para a humanidade, e o nazismo é sua maior evidência histórica.

Federação Israelita SP

Na noite dessa segunda-feira (7), o host do “Flow Podcast”, Bruno Aiub, o Monark, manifestou-se de modo absolutamente inaceitável enquanto entrevistava os deputados federais Kim Kataguiri e Tábata Amaral. Aiub defendeu, de forma expressa, o direito de alguém querer ser anti-judeu, bem como o direito à existência de um partido nazista no Brasil.

Mesmo contestado pela deputada Tábata Amaral, Monark insistiu que suas falas estariam escudadas no princípio da liberdade de expressão, demonstrando, a um só tempo, desconhecer a história do povo judeu, e a natureza de um princípio constitucional essencial, muitas vezes deturpado por aqueles que insistem em propagar um discurso que incita o ódio contra minorias.

Nós, da Federação Israelita do Estado de São Paulo, repudiamos de forma veemente esse discurso e reiteramos nosso compromisso em combater ideias que coloquem em risco qualquer minoria. Manifestações como essa evidenciam o grau de descomprometimento do youtuber com a democracia e os direitos humanos.

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