Após ser barrado pela Justiça, episódio de 'Linha Direta' sobre morte de Henry Borel é liberado pelo STF

O próximo episódio da nova temporada de 'Linha Direta', da TV Globo, marcado para ser exibido nesta quinta-feira (18), tem gerado polêmica antes mesmo de ir ao ar. O programa vai contar a história da morte de Henry Borel, garoto de 4 anos que morreu no dia 8 de março de 2021, em decorrência de uma hemorragia interna por laceração hepática por ação contundente.

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Isso porque a defesa do suspeito do crime, Jairo Souza Santos Júnior, o Jairinho, conseguiu uma liminar para impedir a exibição. A decisão foi da juíza Elizabeth Machado Louro acatou o pedido e argumentou que "o processo ainda pende de julgamento e a exibição em canal aberto e por emissora de grande alcance não parece servir aos propósitos informativos que possam ser alegados". Disse ainda que "o réu deverá ser julgado por um corpo de juízes leigos e tal exposição poderá colocar em risco a imparcialidade dos julgadores".

No entanto, na noite desta quarta-feira (17), a liminar foi derrubada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), através de uma decisão de Gilmar Mendes. Segundo informações divulgadas pela colunista Patrícia Kogut, do jornal O Globo, o ministro argumentou que houve intenção de censura pela defesa do suspeito.

"claro propósito de censurar a exibição da matéria jornalística de evidente interesse público". E se refere assim à decisão da véspera, da juíza Elizabeth Machado Louro, do Tribunal de Justiça do Rio: "A eminente magistrada extrapola os limites de suas funções judicantes para se arvorar à condição de fiscal da qualidade da produção jornalística de emissoras de televisão".