Apresentador é condenado a dois anos de prisão por homofobia; entenda o caso

Após quase dois anos em processo, Gilberto Barros foi condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, nesta terça-feira (16), a dois anos de prisão, contra o crime de homofobia. Em setembro de 2020, o apresentador chegou a proferir ofensas contra homossexuais, durante o programa ‘Amigos do Leão’.

Na ocasião, ele relembrou um episódio dos 70 anos da TV brasileira, em que presenciou um beijo de língua entre dois homens. “Não tenho nada contra, mas eu também vomito. Eu sou gente, ainda mais vindo do interior. Hoje em dia, se quiser fazer na minha frente, faz. Apanha os dois, mas faz”, declarou.

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Além da prisão, a juíza Roberta Hallage Gondim Teixeira alegou que o apresentador ainda deverá prestar serviço à comunidade pelo tempo da pena e pagar cinco salários mínimos, que serão revertidos em compra de cestas básicas. A decisão foi tomada após a magistrada afirmar que houve “agressividade das palavras aplicadas, as quais discriminaram os homossexuais, especialmente diante do uso da palavra ‘nojo'”.

Os advogados de defesa de Gilberto não negaram a fala, mas alegaram que o apresentador se mostrou constrangido com a situação e que “sempre usou sua arte ou ofício para melhorar o país”. Além de que “pelo seu sangue italiano, ele costuma falar muito”, porém “jamais teve a intenção de incitar a violência”.

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