Compositor de clássico sertanejo sofre sequelas após AVC, mas sonha em voltar a cantar; veja relato

Mario Soares, de 71 anos, compositor do clássico sertanejo 'Pense em Mim', da dupla Leandro e Leonardo, sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) em novembro de 2022 e está se recuperando em São Vicente, litoral de São Paulo. 

Em entrevista ao portal G1, o filho de Mario, Marinho, informou que o pai está em casa, se tratando, mas que os resultados são lentos, o que gera um desânimo para o artista. "Ele tenta cantar no karaokê que temos em casa, mas ainda está bem longe do ideal. A voz falha na maioria das vezes. O sonho dele é voltar a cantar e ter a vida que ele sempre teve", detalhou. 

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O cantor passou quatro dias internado em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em Santos, também no litoral paulista. Ainda segundo a entrevista, Mario está enfrentando algumas sequelas causadas pelo AVC, como a falta de coordenação motora. "Ele [pai] pratica o movimentação dos dedos no teclado, mas tem dificuldades. Para caminhar, ele só consegue ficar em pé com o auxilio da família e do andador. Como ele sempre foi muito independente e ativo, essa situação afeta a autoestima e o emocional", relatou Marinho Soares. 

O filho do compositor também afirmou que toda a família se mobilizou durante o tratamento. "Tios, primos, filhos, esposa, estão unidos para colaborar. Ele precisa de pessoas próxima para tudo, a todo momento. Está dependente e nos dividimos [para ajudar]. A nossa união está sendo fundamental", enfatizou. Mario recebeu alta uma semana após o AVC e optou por continuar o tratamento em casa. 

A família, ainda em entrevista ao portal, desabafou que já desistiu de tentar contato com Leonardo, e acrescentou que o cantor não participou de nenhuma etapa da recuperação de Mario. "Ele sabe do que aconteceu. Eu entrei em contato com o assessor e com o irmão dele, mas o coração dele não permitiu que ele prestasse socorro a um amigo", expôs. 

Marinho explicou que enviou uma mensagem à assessora de Leonardo, mas não obteve resposta. No início de 2022, o compositor perdeu um processo movido contra o sertanejo, em que reivindicava o pagamento de "eventuais diferenças de direitos autorais ou royalties não pagos pelo cantor".

Na decisão, foi registrado que o compositor assinou um contrato prevendo o recebimento de 75% do proveito econômico da exploração da obra, e que, nos últimos cinco anos, recebeu um valor superior a R$350 mil.