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Escritora renomada diz que ‘aceitaria feliz’ prisão por comentários transfóbicos; saiba quem

Susan Q Yin na Unsplash
Autora usou as redes sociais para posicionamento e ironizou seguidores  |   Bnews - Divulgação Susan Q Yin na Unsplash

Publicado em 21/10/2023, às 17h05   Marco Dias


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A renomada escritora da saga “Harry Potter”, J. K. Rowling se envolveu em uma nova polêmica nas redes sociais ao sair em defesa de seu posicionamento transfóbico. Através de sua conta no X (antigo Twitter), a autora afirmou que “aceitaria feliz” a possibilidade de ser presa caso uma lei britânica implementasse uma punição para transfobia

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De acordo com o portal Deadline, a resposta da escritora está relacionada com um artigo publicado pelo “Daily Mail” no último domingo (14), onde especialistas discutem sobre a possibilidade de uma lei britânica ser implementada pelo Partido Trabalhista, caso assumissem o governo, para incriminar comentários transfóbicos com uma pena de dois anos. 

“Aceitaria feliz cumprir dois anos contra o discurso e a lógica forçada imposta sobre a realidade e a importância do gênero. Traja a Justiça, senhor. Eu seria mais feliz do que já fui em qualquer tapete vermelho”, escreveu J. K. Rowling, em tradução livre. 

Depois da publicação, a escritora ainda ironizou seus seguidores sobre supostos deveres na prisão.

“A lavanderia pode ser um problema. Tenho tendência a encolher coisas/torná-las rosadas acidentalmente. Suponho que isso não será um grande problema se forem principalmente roupas cirúrgicas e lençóis”, comentou J. K. Rowling, em tradução livre. 

Continuando com a gozação, Rowling afirmou que “seria divertido” receber um processo judicial por comentários transfóbicos, e ainda comentou sobre outros possíveis afazeres na prisão.

“Espero que eu vá à biblioteca, obviamente, mas acho que poderia me sair bem na cozinha”, escreveu a autora de Harry Potter, em tradução livre. 

Na última segunda-feira (17), a escritora voltou a polemizar após publicar uma foto no X (antigo Twitter), dizendo que não reconheceria que mulheres trans são mulheres. 

Histórico de comentários: 

Reprodução/Twitter: @jk_rowling
Reprodução/Twitter: @jk_rowling

Essa não é a primeira vez que J. K. Rowling defende seu posicionamento transfóbico nas redes sociais. Há anos, a escritora provoca polêmica com a propagação de comentários contrários à identidade de gênero, algo que segue dividindo os fãs da saga ao longo do mundo. 

O primeiro embate significativo da autora com a comunidade trans ocorreu em 2020, quando ela criticou uma matéria que utilizava a expressão “pessoas que menstruam” ao invés de “mulheres”. A autora alegou que a expressão apagava a experiência de mulheres cisgênero, desconsiderando a inclusão de homens trans que também podem menstruar. 

Recentemente, Rowling também defendeu uma pesquisadora demitida após protestar contra mudanças de leis britânicas que passaram a reconhecer os direitos de pessoas transexuais, escrevendo que “homens não podem se transformar em mulheres”. 

Em outra ocasião, manifestou apoio a uma ativista anti-trans, que havia sido temporariamente banida de uma rede social por comentários ofensivos, celebrando sua reinstalação com um “bem-vindo de volta”. 

Enquanto uma parcela dos fãs de Harry Potter aderem ao boicote de qualquer tipo de produção, produto ou derivados relacionados à saga do bruxo, outra parte opta por separar a obra da autora das suas visões transfóbicas. 

Classificação Indicativa: Livre

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