Globo toma medida radical com atores famosos em período de eleições; entenda

A Globo já iniciou a cobertura especial das eleições 2022, a exemplo das entrevistas com os candidatos à Presidência, tendo Jair Bolsonaro (PL) e Ciro Gomes (PDT) como primeiros entrevistados. No entanto, a emissora tomou uma decisão radical com os seus profissionais no período eleitoral.

Segundo informações divulgadas pelo colunista Lucas Pasin, do site Splash (UOL), a empresa realizou uma reunião remota com artistas do elenco de produções que estão no ar e que estão prestes a estrear, para passar as orientações envolvendo as manifestações políticas.

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— TV Globo 📺 (@tvglobo) August 25, 2022

A reunião contou com a presença de nomes como Marcos Veras, Marcos Caruso, Tonico Pereira, Rosamaria Murtinho e Flávia Reis. Procurados pelo colunista, os atores preferiram não se manifestar sobre o conteúdo da pauta abordada com a emissora.

De acordo com a publicação, a Globo proibiu que os artistas se manifestem publicamente sobre suas preferências políticas. Em nota, a empresa negou a proibição e destacou que pede que não seja feita demonstração que vincule à imagem da emissora.

“A Globo cumpre rigorosamente a legislação eleitoral e tem uma política interna sobre eleições alinhada à sua posição de neutralidade e isenção. A Globo reitera que não apoia qualquer candidato e que, em questões eleitorais, se limita a realizar a cobertura jornalística das eleições, seguindo seus Princípios Editoriais. Por isso, nos períodos eleitorais, conversamos com os profissionais do nosso casting para relembrá-los sobre as regras que, entre outras restrições, impedem que contratados da empresa que desejem se candidatar estejam no ar em qualquer programa. Não existe proibição de manifestações políticas pessoais dos talentos artísticos, desde que não vinculadas à Globo, inclusive em eventos presenciais e nas redes sociais. Não são permitidas manifestações de apoio a partido ou candidato em propagandas eleitorais no rádio e na televisão. Essas regras são essenciais para que não seja comprometida a percepção do público sobre a isenção da empresa. Aos jornalistas, no entanto, pela natureza da função, são vedadas manifestações de apoio eleitoral em quaisquer instâncias”