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Médica que fez cirurgia da advogada de Poze do Rodo foi condenada por morte de paciente

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A advogada deu entrada na clínica usada por Geysa Leal Corrêa na sexta-feira (15) para fazer uma lipoaspiração do tipo HD.  |   Bnews - Divulgação Reprodução Instagram
Juliana Barbosa

por Juliana Barbosa

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Publicado em 20/09/2023, às 07h42


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Amigos e parentes de Silvia de Oliveira Martins recordam que a médica envolvida na cirurgia da advogada do cantor Poze do Rodo já foi condenada por erro médico e pela morte de outra paciente, ambos os casos ocorridos em 2018. As informações são do G1.

"Ela é péssima, é cheia de processos por erro médico. Em um dos casos, ela mandou a mulher comer a secreção que saía pela barriga, que ela operou. Não sei por que a Silvia foi se operar com essa mulher", questiona Sérgio Castro, amigo da advogada.

Um desses casos se refere a Adriana Ferreira Pinto, paciente operada na clínica da médica Geysa Leal Correa, em Niterói, Região Metropolitana do Rio, e que morreu seis dias após o procedimento. Em 2022, Geysa Leal foi condenada em primeira instância por homicídio culposo, com a qualificadora de inobservância de regra técnica da profissão, e sentenciada a dois anos de prisão. No entanto, sua pena foi convertida em prestação de serviços à comunidade e ao pagamento de um salário mínimo a uma entidade assistencial.

A médica recorreu da decisão, mas sua condenação foi mantida pela desembargadora Suimei Cavalieri em 27 de julho de 2023. Geysa ainda tem a possibilidade de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) antes de cumprir sua pena, se mantida pelos ministros.

Outro caso mencionado pelo amigo de Silvia envolve uma paciente da mesma médica, que teve o intestino perfurado e recebeu uma resposta chocante da médica por mensagem de áudio. Geysa Leal Correa, rindo, sugeriu que a paciente "provasse" a secreção que saía pela cicatriz:

“Amore, eu acho que você devia comer pra ver se é verdade, pra ver se é tomate, se é cenoura, porque isso aí pra mim, é gordura. Me desculpe, mas não fale besteira que quanto mais besteira você pensar, pior você vai ficar estressada. E me estressar à toa", disse Geysa no áudio.

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Paciente enviou mensagem relatando complicação após procedimento estético — Foto: Reprodução

REPRODUÇÃO TV GLOBO
REPRODUÇÃO TV GLOBO

Devido à repercussão da morte de Silvia, o Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) abriu uma sindicância para investigar as circunstâncias da morte da advogada. O conselho está em busca de esclarecimentos para determinar se todos os protocolos de saúde foram seguidos durante a cirurgia realizada na advogada de Poze do Rodo.

Surgiram também questionamentos sobre a qualificação da médica, que não é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, e cuja especialidade seria otorrinolaringologia. Isso levanta dúvidas sobre sua capacidade de realizar procedimentos de lipoaspiração, como o que Silvia estava submetendo.

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A advogada deu entrada na clínica usada por Geysa Leal Corrêa na sexta-feira (15) para fazer uma lipoaspiração do tipo HD. Ela recebeu alta no sábado (16), voltou para a casa, mas sentiu-se mal e precisou ser internada no Hospital Oeste d'Or, em Campo Grande, onde morreu na manhã do domingo (17).

A causa da morte que consta na declaração de óbito é morte por tromboembolismo pulmonar.

O tromboembolismo pulmonar é uma complicação que pode acontecer em grandes cirurgias, como as de lipoaspiração, com a formação de um coágulo (trombo), que acaba se deslocando pelo corpo (embolia), e que no caso da advogada foi parar no pulmão causando obstrução. Os sintomas são dor e falta de ar.

Silvia foi enterrada na segunda-feira (18), no Cemitério de Paciência, na Zona Oeste do Rio.

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