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Quem é Mr. Beast, o novo recordista individual de assinantes no YouTube

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Mr. Beast ultrapassou o antigo campeão, o gamer PewDiePie, com 111,8 milhões de seguidores  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Vídeo

Publicado em 17/11/2022, às 06h40   Cláudio Gabriel/ FolhaPress


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Jimmy Donaldson. Talvez você não tenha reconhecido o nome, mas já tenha ouvido falar de seu alter-ego: Mr. Beast. O influenciador de 24 anos, que começou a postar vídeos no YouTube há dez anos, se consagrou na segunda (14) como o maior canal individual na plataforma: 112 milhões de assinantes.

Com isso, ultrapassou o antigo campeão, o gamer PewDiePie, com 111,8 milhões de seguidores.

Ao contrário de PewDiePie, ele não tem um tema principal -algo mais alinhado com as novas tendências das redes sociais. Na maioria das vezes, publica desafios que ele ou um convidado precisa cumprir.

Outra estratégia adotada por ele é produzir conteúdos sem referências de um país especifico. Assim, ganham versões dubladas em diversos idiomas, inclusive português.

Recentemente, por exemplo, Mr. Beast comparou a estadia em um quarto de hotel de US$1 e US$1 milhão.

Nesse outro, ele recria a Fantástica Fábrica de Chocolates, do famoso livro (e depois filme) de Roald Dahl.

E QUEM É MR. BEAST?

Donaldson começou aos 13 anos, em um momento bem diferente do YouTube. Ele ainda se chamava "Mr. Beast 6000" e, assim como PewDiePie e tantos outros, focava em games. Também abordava a riqueza de outros youtubers -sem nem imaginar que, um dia, ele mesmo seria uma das estrelas mais ricas na plataforma.

Seu primeiro vídeo a explodir em visualizações foi "I Counted To 100,000!", publicado em 2017. Como o título indica, era uma ideia boba e ao mesmo tempo genial: ele se filmou contando até o número 100 mil.

O crescimento fez com que ele se preocupasse em transmitir uma imagem mais positiva, diferente de muitos outros youtubers da época. Ele passou a fazer filantropia.

Em 2019, ganhou manchetes ao levantar fundos para a plantação de mais de 20 milhões de árvores em parques dos Estados Unidos, em parceria com a Arbor Day Foundation. Também criou um canal dedicado apenas às causas beneficentes.

Em 2020, Donaldson passou a diversificar seus lucros. Criou uma rede de fast food nchamada de MrBeast Burguer. Deu tão certo que já ultrapassou a marca de mil lojas nos EUA e na Europa.

Mas foi durante a pandemia que Mr. Beast viu seus conteúdos dispararem em visualizações. No início deste ano, por exemplo, lançou seu vídeo de maior sucesso e repercussão, em que "recriou" os desafios da série Round 6 para a vida real com 456 pessoas disputando um prêmio.

E COMO ESTÁ PEWDIEPIE, ANTIGO CAMPEÃO?
O sucesso começou a chamar atenção de outros grandes youtubers, como o antigo detentor do recorde, PewDiePie. Em agosto de 2021, quando Mr. Beast chegou à marca de 100 milhões de inscritos, PewDiePie publicou um vídeo já prevendo que o rival iria superá-lo.

Antigo dono da marca no Youtube, Pew é o sueco Felix Kjellberg. Apesar de dizer que está aposentado da rede, ele continua publicando vídeos quase que diariamente em seu canal, que começou em 2010 apenas com games. PewDiePie cresceu tanto que virou o canal individual com mais inscritos em 2013, com pouco tempo de trabalho.

Apesar disso, desde 2017 o criador é criticado por falas preconceituosas, especialmente contendo racismo. Naquele ano, durante uma partida do jogo online PlayerUnknown's Battlegrounds, ele citou a palavra nigger, um insulto racial contra negros no período da escravidão. Ele pediu desculpas, mas, na época, perdeu um contrato que havia assinado com a Disney.

No mesmo período, foi divulgada uma reportagem do jornal The Wall Street Journal que mostrava que ao menos nove vídeos de Pew continham referências antissemitas ou nazistas.

Em 2018, Felix ganhou os holofotes de novo ao zombar da cantora Demi Lovato enquanto ela estava hospitalizada com suspeita de overdose. Já no ano seguinte, a Suprema Corte Indiana pediu a remoção de vídeos do sueco no Youtube que continham falas racistas contra os indianos. Por fim, PewDiePie ainda ficou marcado, recentemente, por fazer piadas sobre a pandemia de Covid-19, especialmente associando ela aos chineses.

Classificação Indicativa: Livre

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