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Saiba como não cair no golpe do ingresso falso; especialista dá dicas importantes

Tânia Rego/Agência Brasil
Golpistas que oferecem ingresso falso para diversos eventos têm aparecido com cada vez mais frequência  |   Bnews - Divulgação Tânia Rego/Agência Brasil

Publicado em 08/09/2022, às 06h00   Daniel Brito


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Conhecido como o maior festival de música do país e um dos principais de todo o mundo, o Rock in Rio atrai milhões de pessoas de todas as partes do planeta. Após três anos sem ser realizado por conta da pandemia de Covid-19, o evento voltou a ser realizado em 2022 em uma edição histórica.

Porém, embora sem relação direta com a organização do evento em si, vários casos de fraude com os ingressos para o Rock in Rio vieram à tona nos últimos dias. Um deles chamou bastante a atenção: o da irmã do ex-jogador do Flamengo, Léo Moura.

Lívia Moura é suspeita de vender entradas falsas para o festival musical e foi acusada por um grupo de mais de 60 pessoas, segundo o colunista Léo Dias, do site Metrópoles. Ela teria informado a sua vizinha, autora do boletim de ocorrência, que seria funcionária da Prefeitura do Rio de Janeiro e estava envolvida na organização do evento. Por isso, supostamente, ela teria acesso a um desconto exclusivo e informou que poderia conseguir ingressos.

De acordo com o documento, a quantia de R$ 800 foi transferida via Piix a uma chave fornecida por Livia  com a promessa de que a suposta funcionária da prefeitura conseguiria entradas para duas datas do festival encabeçadas por Justin Bieber (4 de setembro) e Coldplay (10 de setembro). Porém, a chave não pertencia a Lívia Moura e sim a Paulo Henrique Araújo Rodrigues, cuja relação não teria sido esclarecida. O valor foi depositado em 8 de setembro de 2021, ou seja, pouco menos de um ano para o começo do festival.

Investigadores também acreditam que Lívia usava o fato de ser irmã do ex-jogador para aplicar o golpe, causando, possivelmente, um grande prejuízo aos organizadores. Só uma das vítimas teria feito uma transferência via PIX para Lívia de R$ 20,8 mil.

Na última segunda-feira (5), o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou o bloqueio de R$ 300 mil na conta bancária de Lívia. Ela também foi indiciada pelos crimes de estelionato, violação de direito autoral, organização criminosa e falsificação de documentos.

Como não cair nos golpes?

Casos como o de Lívia têm se tornado cada vez comuns. Por isso, para situações em que a compra não é feita diretamente em sites oficiais, os cuidados precisam ser ainda mais redobrados. Ao BNews, Leandro Reinaux, CEO da Even3, startup especializada na organização de eventos, explica que é necessário prestar atenção.

"Comprar através de pessoas que não conhecemos é sempre um risco. A dica é pesquisar sobre a reputação daquela pessoa e procurar sinais de que aquele perfil é real e não um fake e que ele está de fato participando da organização daquele evento", afirma.

Para outros casos, como a compra através de sites, Reinaux também recomenda desconfiar de preços, sejam eles muito acima ou muito abaixo do valor de mercado, mas principalmente abaixo, o que atrai um maior número de pessoas.

"Uma forma de avaliar este quesito é pesquisar eventos parecidos, com temáticas que se aproximem do evento desejado e fazer uma comparação dos valores cobrados por eles", acrescenta.

Antes de entrar em um site e comprar os ingressos, é indicado também verificar a reputação da empresa, pois elas são obrigadas a disponibilizar sua razão social, CNPJ, endereço e telefone na página inicial. Caso essas informações não estejam visíveis, o melhor é não comprar.

É importante também, segundo o especialista, verificar a segurança do site. Na barra URL, onde o endereço é exibido, em vez de apenas “http”, é preciso constar “https”, pois a letra ‘s’ indica a adoção de protocolos mais rígidos de segurança. Além disso, vale verificar se aparece na barra de busca um cadeado, que atesta os protocolos.

Dentro dessas recomendações, outras são pesquisar sobre a reputação do site na internet, através de plataformas como "Reclame Aqui" e consultar a política de privacidade do site.

Dicas gerais:

1- Evite promoções exageradas

2- Pesquise a empresa

3- Verifique a reputação

4- Avalie a segurança do site

5 - Tome cuidado com pessoas ou grupos nas redes sociais.

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