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Saiba porque Maitê Proença recebe pensão gorda do governo

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Pensão gorda do governo de São Paulo é um direito da atriz e já dura muitos anos  |   Bnews - Divulgação Reprodução / Instagram
Tiago Di Araújo

por Tiago Di Araújo

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Publicado em 24/07/2023, às 09h44



A pensão que Maitê Proença recebe do governo de São Paulo voltou a ser assunto na mídia. Isso depois que a atriz enviou um ofício à Justiça paulista alegando ter direito a receber R$ 254 mil pelos meses em que as pensões às quais tem direito não foram pagas.

O documento busca resgatar os valores não recebidos após suspensão do benefício, em 2010, quando ganhava R$ 13 mil por mês. Na época, o SPPrev, órgão previdenciário do estado, entendeu que a atriz deveria perder o direito à pensão porque teria uma união estável com o empresário Paulo Marinho.

Como prova, o órgão citou um trecho da biografia de Maitê, em que ela diz ter formado "uma família linda" com o empresário, e que seria prova de união estável. A defesa da atriz recorreu e conseguiu reverter a suspensão do benefício, que agora deve ser pago retroativo.

Mas, por que Maitê Proença recebe pensão do governo?

O benefício é concedido a filhas solteiras de funcionários públicos. As pensões recebidas pela artistas são da sua mãe, a professora Margot Proença, e do seu pai, o procurador de Justiça Carlos Eduardo Gallo, ambos já falecidos.

Sendo assim, como Maitê nunca se casou oficialmente, segue tendo direito aos recebimentos. Em entrevista ao jornal O Globo, a atriz rebateu as críticas de que não formalizou as uniões que teve de forma intencional, para que não tivesse o benefício cortado.

"As pessoas falam demais, dizem que meu pai era militar, mas ele nunca foi (era desembargador e foi procurador de Justiça de São Paulo). Aos 20 anos, quando conheci o Paulo [Marinho], não tinha conhecimento do benefício, e tampouco podia imaginar que meu pai fosse se matar anos depois (o pai de Maitê, assim como um de seus dois irmãos, se suicidou)", rebateu ela.

Após alegar, via seus advogados, que os pais dela pagaram impostos, deduzidos dos vencimentos deles, para que ela recebesse a pensão, a artista disse que que nunca formalizou o vínculo porque não acredita "na instituição" casamento.

"A minha experiência era de que os casamentos acabam em sofrimento, por isso não me casei. Mas isso (a pensão) já tramitou em juízo, é um direito adquirido. Porque aquele funcionário público (o pai) pagou impostos durante toda a vida para que a pensão acontecesse. Se não concordam com a lei, que é de 1940 e talvez seja anacrônica, devem mudá-la de agora para a frente. Não podem fazer isso com as pessoas", ressaltou a atriz na entrevista.

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