Um áudio vazado nesta sexta-feira (2) revelou uma manobra dentro do Conselho Deliberativo do Bahia para a eleição do próximo presidente do clube, marcada para o final de 2017. O responsável pelo áudio foi o conselheiro Gilson Pinheiro, coordenador da Comissão de Reforma do Estatuto e integrante da corrente política Integridade Tricolor, que teve como candidato a presidente do clube na última eleição o radialista Antônio Tillemont.
Na gravação, que tinha como destino outro conselheiro, Sérgio Ricardo Miranda, mais conhecido como “Papão”, Gilson propõe uma manobra para impedir o voto online na próxima eleição. O áudio acabou sendo enviado equivocadamente para o grupo do Conselho no Whatsaap.
“Papa, a gente tem que marcar uma entrevista no Papo com Tillé, com Badaró, onde esteja presente a gente, para a gente conduzir um pouco as perguntas e tudo, os questionamentos, deixar tudo claro. Ontem, ficou certo de eu e Verhine conversarmos com Ricardo (Maracajá). Alinharmos aquele texto onde fique no estatuto constando o sistema auditado. Pois aí dá a pegadinha. Se a gente conseguir buscar Ricardo para o sistema auditável, resolve tudo ali e aí fica pra regulamentação travar mais ainda, certo? Mas só o auditável já trava tudo, que aí acaba sendo submetido àquela empresa internacional e fica tudo mais caro e vai inviabilizar e aí vai ter que morrer no papel. Então veja com Badaró e aí a gente conversa com Tillé pra fazer essa entrevista lá, certo? Grande abraço”, disse.
Citado no áudio, Ricardo Maracajá criticou Gilson e garantiu não participar do esquema em entrevista ao Correio. "Ele fala sobre me convencer e já digo que não vai. Não vou agir de forma ardil, nem misturar com tramoia de nada. Gilson está equivocado de achar que vai nos convencer a agir de forma incorreta", garantiu.
