Esporte

Em meio às negociações, empresário de Neymar viaja para a Europa

Publicado em 01/08/2017, às 16h53   Folhapress


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Empresário de Neymar, Wagner Ribeiro, viaja para a Europa nesta terça-feira (1º). O agente não confirmou se o destino é Paris. O PSG avalia a condição imposta pelo Barcelona para negociar o atacante: pagar a multa de 222 milhões de euros (R$ 816 milhões).
Nesta terça-feira (1º), Neymar retornou à Espanha. O pai do jogador, Neymar dos Santos, está em Barcelona.
Alheio às tratativas entre PSG e Barcelona, Neymar estava em Xangai para eventos publicitários. Ele fez uma parada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, para o abastecimento de combustível da aeronave. Durante a espera, Neymar postou vídeo em que brinca com seus amigos e um deles fala: "Estamos voltando para casa". Então, o atacante do Barcelona fala em tom de brincadeira e dá risada: "Partiu, Brasil". Neymar, na verdade, estava seguindo para a Espanha.
INDEFINIÇÃO 
De um lado, um projeto para ter um time construído ao seu redor na França, ao lado de amigos brasileiros como Daniel Alves e Thiago Silva, e com um dos maiores salários da história do futebol. Do outro, a permanência ao lado de Messi e Suarez, em um dos melhores ataques do planeta, em um clube onde já é ídolo e em uma cidade à qual está completamente adaptado. Não à toa, a decisão de Neymar não é rápida.
Desde o início da novela, há mais de 20 dias, Neymar já esteve mais próximo do PSG, inclusive tendo conversas otimistas sobre a possível transferência com os jogadores brasileiros que atuam no time francês. O cenário mudou um pouco depois que o atacante se apresentou ao Barcelona para a pré-temporada e teve conversas com companheiros de elenco e dirigentes. Pessoas ligadas ao jogador dizem que ele, atualmente, está inclinado a aceitar o desafio de se mudar para Paris, mas que ainda não existe uma decisão definitiva.
MULTA RESCISÓRIA 
A multa rescisória de Neymar é de 222 milhões de euros, mas esse valor cresce quando acrescido dos impostos, e pode ultrapassar muito a barreira dos 300 milhões de euros quando somado aos salários e luvas que o PSG ainda pagaria. Para um clube com média anual de receitas em torno dos 500 milhões de euros, isso é quase uma certeza de descumprimento das regras de fair play financeiro da Uefa. O ponto é visto como um obstáculo pelo Barcelona, por pessoas do entorno de Neymar e pelo próprio PSG, e atrasa uma definição na medida em que o clube francês estuda alternativas: negociar com o Barça, envolver jogadores ou recorrer à ajuda de patrocinadores.
O Barcelona, por outro lado, tem valores a pagar a Neymar: pessoas ligadas à cúpula do clube catalão admitem que ainda há valores de luvas pela renovação do brasileiro a serem quitados. Os espanhóis não revelam os valores, mas uma rescisão unilateral do atacante e a transferência para Paris podem atrasar ou prejudicar o recebimento.
DESGASTE
O UOL Esporte apurou que a indefinição e o silêncio de Neymar e seu entorno sobre a transferência ao PSG já geram desgaste com o Barcelona: o clube já freou a "operação" montada para segurar o atacante, e a decisão já foi deixada nas mãos do próprio jogador. Os pedidos dos catalães para que seu camisa 11 viesse a público e se pronunciasse para encerrar a novela não foi atendido. O clube espanhol já mostra certa irritação com a forma como o caso vem sendo conduzido, e adota uma postura mais passiva.
O desgaste dificulta a busca por soluções que permitam que o PSG finalize a contratação sem descumprir as regras da Uefa. A disposição do Barcelona em negociar amigavelmente a essa altura é pequena, e dificilmente Neymar sai sem o depósito integral da multa mais impostos.

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