Até mesmo os mais pessimistas não devem mais ter dúvidas da força do futebol brasileiro. É claro que precisamos ainda ajustar muitos fundamentos para a Copa do Mundo 2014, mas não há como negar que o futebol brasileiro está renascido, com uma vitória incontestável contra a Espanha e uma conquista merecida da Copa das Confederações, invicto, cinco jogos, cinco vitórias.
Felipão definiu muito bem o esquema de jogo da Seleção quando alguns gatos-mestres tentaram encontrar muitos predicados no sistema de toques espanhol, e bastante deficiência na forma do Brasil jogar. “Não há segredos”, disse o técnico, “apenas estou fazendo a Seleção jogar o seu verdadeiro futebol, sem temor a adversários, com criatividade e procura do gol”.
Foi isso mesmo que desmascarou os que gostam de encontrar chifres em cabeça de cavalo. Que inventam estratégias mentirosas, como se o futebol fosse mera matemática ou receita de bolo. O jogo de bola do brasileiro sempre teve a sua essência calcada na criatividade e na alegria de jogar. Nada de pragmático, de sisudo ou repetitivo. O toque espanhol é bonito, competente, mas foi arrebentado fragorosamente para o futebol forte, inventivo e alegre do Brasil.
Esta vitória de 3x0 mostrou que estamos no caminho certo para a próxima Copa do Mundo. A Seleção já tem uma ótima base, vai ter outros talentos até a Copa começar.
O menino Neymar já começou a chamar para si a responsabilidade das melhores investidas, mereceu o troféu de melhor da competição. Mas muitos outros foram excelentes: o goleiro Júlio César, o zagueiro David Luiz, os apoiadores Paulinho e Luis Gustavo e o atacante Fred. Não se pode, contudo, deixar de reconhecer que taticamente Hulk foi importante, principalmente no jogo decisivo, quando, também, foi um dos maiores destaques.
Nesta conquista ficou o gosto que o campeão voltou e que fortalece um grande sentimento de recomeço de atitudes e de conquistas.
