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O adeus de um gênio: Maradona marca a história e se despede muito cedo

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Argentino encantou toda uma geração apaixonada pelo futebol   |   Bnews - Divulgação Reprodução/Twitter e Divulgação/Netflix

Publicado em 25/11/2020, às 18h29   Marcio Smith e Léo Sousa


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O ídolo mundial e eterno gênio das quatro linhas, Diego Armando Maradona, se despediu de todos nós cedo demais, nesta quarta-feira (25).

O argentino sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu em sua casa, em Tigre, na Argentina. Conhecido por sua genialidade e polêmica dentro e fora dos campos, Maradona marcou toda uma geração de apaixonados por futebol.

Conhecido por "El pibe de oro", Dios, e por seu famoso gol de mão contra a Inglaterra pelas quartas-de-final da Copa do Mundo FIFA de 1986, a "La Mano de Dios", o ídolo argentino é tido como o maior jogador de futebol da história do país e, para muitos, briga pelo título de maior jogador da história ao lado de Pelé.

Dios sempre negou ser um Deus. Maradona costumava responder que era apenas um jogador. "Muitas vezes me dizem: você é Deus. E eu respondo: vocês estão equivocados. Deus é Deus e eu sou simplesmente um jogador de futebol", famosa resposta dada por ele em 1991.

Carreira

Diego deu os primeiros passos da sua trajetória nos gramados em 1976, quando tinha apenas 15 anos, no Argentinos Juniors.

A estreia com a camisa da seleção albiceleste ocorreu no ano seguinte. "El pibe de ouro", no entanto, ficou fora da Copa do Mundo de 1978, sediada e vencida pelo país.

Esteve em outros quatro mundiais, com destaque para o de 86, quando carregou a Argentina até o segundo título mundial e o mundo viu uma das maiores atuações individuais da história das Copas.

No mundial seguinte, em 1990, chegou à final do torneio, sendo derrotado pela Alemanha. Para os brasileiros, aquela edição da Copa do Mundo ficou marcada pela eliminação para os "hermanos", com o famoso gol de Caniggia após jogada de Maradona.

Diego Armando vestiu também as camisas do Boca Juniors, Barcelona, Napoli, Sevilha e Newell's Old Boys, e foi ídolo por onde passou.

O adeus, no entanto, foi com a camisa da seleção, carregado de melancolia. O "Dios" decidiu parar após ser flagrado no antidoping e acabar suspenso da Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos.

Dependência química

A carreira de “El pibe de oro” foi marcada por polêmicas, e a maior delas foi a sua dependência química em cocaína. Em março de 1991, ainda jogando pela Napoli, onde é ídolo, Maradona foi suspenso por 15 meses após o exame antidoping detectar a utilização da droga.

Pouco tempo depois, Maradona foi preso por porte e consumo de cocaína em Buenos Aires, capital da Argentina. O craque ficou detido por uma noite e foi liberado após pagar 20 mil dólares em fiança.

"Errei e paguei, mas o que fiz em campo não se apagou", afirmou Maradona em sua despedida. O craque relembrou que chegou a flertar com a máfia napolitana para sua "proteção".

Em 2000, o ídolo sofreu um ataque cardíaco por conta de uma overdose em um resort uruguaio. Após isso, Maradona passou por um longe tratamento internado em Havana, capital de Cuba.

Das quatro linhas, para a beira do campo

Diego Armando Maradona também teve carreira como técnico - esta, bem mais discreta. Atualmente, o ex-craque comandava o Gimnasia y Esgrima La Plata, da Argentina. 

O ponto alto da sua trajetória à beira do campo foi em 2010, quando dirigiu a seleção nacional na Copa do Mundo da Alemanha.

Também treinou o Mandiyú (1994), o Racing (1995), Al Wasl (2011-2012), Al Fujairah (2017-2018) e Los Dorados de Sinaloa (2018).

Velório

O corpo de Maradona será velado a partir desta quinta-feira (26), na Casa Rodada, sede do governo argentino. Em razão da morte do ídolo nacional, foi decretado oficialmente luto de três dias no país.

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