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Bellintani destaca política para participação das mulheres no clube e projeta construção de alojamento feminino

Vagner Souza / BNews
Nesta eleição, cada chapa teve a obrigatoriedade de que 20% dos integrantes inscritos fossem mulheres  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza / BNews

Publicado em 12/12/2020, às 13h06   Brenda Viana e Tiago Di Araujo


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Em busca de comandar o Esporte Clube Bahia por mais três anos, Guilherme Bellintani destacou como um dos pontos positivos da sua gestão, a política voltada para maior participação das mulheres no clube. Em entrevista ao BNews, na manhã deste sábado (12), na Arena Fonte Nova, onde acontece a votação para escolha do próximo presidente tricolor e do novo Conselho Deliberativo, o gestor relembrou das ações que tornaram o Esquadrão mais feminino.

"Acho que pra mim é um exemplo dentre várias outras coisas que vem acontecendo no Bahia. A participação feminina no estádio já cresceu muito nos últimos três anos, fruto também de uma manifestação muito clara nossa, que vem desde o Núcleo de Ações Afirmativas, quando a gente defende uma política anti-racistas, a presença das mulheres no estádio, a polícia LGBT, que o Bahia tem espaço para todos e todas, isso teve um reflexo real, que veio consequentemente também com os projetos de cotas nas chapas de conselho e que precisa ir mais além, a gente precisa avançar muito".

Vale lembrar que nesta eleição, as chapas tiveram a obrigatoriedade de que 20% dos integrantes inscritos fossem mulheres, o que aumentará a presença feminina na vida política do clube nos próximos três anos.

Além do setor de gestão, o presidente também chamou atenção para os avanços no futebol feminino, e projetou a construção de um alojamento para as jogadores, no mesmo CT masculino, que para ele, será oportunidade de romper um paradigma que homens e mulheres não podem treinar no mesmo lugar.

"Ontem tivemos o time feminino fazendo uma ascensão histórica à série A do Campeonato Brasileiro, e isso vai evoluir muito mais. Em 2021, se eu tiver como presidente, nós vamos construir o alojamento feminino dentro do CT Evaristo de Macedo, rompendo com o paradigma do futebol brasileiro, de que homens e mulheres não podem estar no mesmo ambiente do futebol. Então, todo esse movimento não vai acabar em dois ou três anos, é uma luta de uma geração inteira, para que daqui a 20 anos a gente possa ter um clube ainda mais aberto".

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