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'Injustiçado', diz Medina após COB barrar ida da esposa aos Jogos de Tóquio

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Em entrevista ao O Globo, Medina disse que sua esposa é responsável pela sua estatística, nutrição e apoio mental  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes sociais

Publicado em 27/06/2021, às 09h08   Redação BNews


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Na reta final para os Jogos de Tóquio, o surfista Gabriel Medina está em rota de colisão com o Comitê Olímpico do Brasil (COB) por não permitir que sua esposa, Yasmin Brunet vá a Tóquio como membro de sua equipe. O atleta diz que se sente prejudica com a decisão. Medina afirma que a esposa é responsável pela sua estatística, nutrição e apoio mental. 

Por conta das restrições da pandemia, o COB diminuiu o número de credenciados. Em um primeiro momento a entidade disse que “apenas profissionais da área técnica com experiência comprovada poderiam ser credenciados”. 

Em entrevista ao O Globo, neste domingo (27), o surfista explica a situação. "Estou me sentindo injustiçado porque nominei meu estafe, que é direito do atleta, segundo o que o COB falou. Eu poderia levar uma pessoa. E escolhi a Yasmin como meu estafe e não como minha esposa. Ela é meu estafe oficial desde o início do ano e, por acaso, minha esposa. Inclusive ela tem funções técnicas que já foram especificadas ao COB.  Eu a nominei e não estou sendo respeitado. Enquanto isso, todos os outros surfistas estão levando quem eles nomearam. Tatiana levará o marido e o Ítalo, um amigo. Eles estão certos. Escolheram pessoas que estão ali no dia-a-dia ajudando e trabalhando de alguma forma. Esse é meu melhor ano, estou liderando o ranking mundial e nunca tive tantos bons resultados seguidos. De seis campeonatos, fiz cinco finais. Não quero tirar vantagem nenhuma como já disseram por aí. Não acho que o COB me deu uma justificativa plausível", disse.

Ele disse que inicialmente poderia escolher duas pessoas, mas por conta da pandemia reduziram pra uma. "Há mais ou menos um ano, enviei os nomes do meu estafe porém esses nomes mudaram. Não trabalho com as mesmas pessoas. Pedi para colocar o nome da Yasmin. O Andy King, que foi meu treinador na perna australiana do tour, tornou-se uma opção e enviamos toda a documentação dos dois. Mas, ele não é do meu estafe fixo. Me falaram que a Yasmin não poderia ir porque precisaria ter cargo de "coach" ou "técnico". A Yasmin sempre foi minha primeira opção, depois que parei de trabalhar com o Charles (padrasto). Pensei no Andy se fossem duas vagas. Se pudesse levar dois, eu levaria os dois".

Questionado pelo jornal sobre a função de Yasmin na equipe, Medina afirma que ela filma os treinos. "Filma minhas baterias durante a competição. Filma meus adversários também quando estão na água. Faz análises estatísticas das baterias, faz minhas análises estatísticas também. Ela me ajuda a criar estratégias mentais durante a competição, me dá todo o suporte psicológico e também nutricional. É a Yasmin a responsável por cuidar da minha alimentação durante as competições. Além de tudo isso, me ajuda com a logística. Com isso, fico livre para pensar apenas no surfe. Ela possui sim funções e o COB irá me prejudicar muito".

A esposa de Medina não tem formação para exercer a função de psicóloga ou nutricionista, mas segundo ele isso não é impedimento. "É uma opção. Acho que ela tem a expertise necessária que preciso. Não é pré-requisito ter formação acadêmica para integrar um estafe do surfe. Assim como o Charles não tinha formação nenhuma. E ele foi meu estafe durante anos e sempre deu certo. Na parte psicológica, apesar de a Yasmin não ser formada em psicologia, ela me ajuda bastante. Estou passando por um momento complicado na minha relação familiar, e essa é uma função importantíssima pra mim neste momento. Ainda mais no surfe, que é um esporte que tenho que estar bem mentalmente e psicologicamente. E além disso, ter formação acadêmica não foi um pré-requisito apontado pelo COB. Então por que estão perguntando a formação da Yasmin?"

O atleta diz ainda na entrevista que pretende lutar por seus direitos até o fim. "Peço muito a ajuda e a compreensão do COB. Só quero chegar no Japão preparado e com o estafe que escolhi para competir da melhor forma possível e brigar pelo ouro".

Sobre sua relação com a família Medina preferiu não dar detalhes. "Eu e minha família infelizmente estamos numa situação chata, complicada. Gostaria de não entrar em detalhes neste momento. Só quero focar no surfe, no tour, na Olimpíada. Muitas pessoas me julgam, falam histórias. Há muitas matérias publicadas sobre o assunto mas nada é verídico. As pessoas falam muito, opinam muito sobre o que não sabem. Mas estou tentando não me preocupar com isso. É difícil, mas com a ajuda da Yasmin estou conseguindo passar bem por essa situação. Porque, na real, ninguém sabe o que eu estou passando. Nem sei como esse ano tem sido meu melhor ano nas competições. Preciso ter muita paciência e profissionalismo. Mas um dia as pessoas saberão".


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