Mais um final de semana decisivo, só que decisão sem festa antecipada, mas muita apreensão, pois estamos enfrentando são difíceis batalhas para não cair de divisão. Com chances mínimas de sucesso, tirando do fundo do baú possibilidades que tanto Bahia quanto Vitória não justificam firmeza.
São dois passos fundamentais a se dar neste domingo: um aqui na Fonte Nova, quando o Bahia recebe o sempre forte Corinthians e outro lá nem Santa Catarina, com o Vitória enfrentando a perigosa e também necessitada Chapecoense.
O Vitória tem uma semana mais tranqüila, com o técnico Ney Franco cuidando dos treinamentos e de suas dificuldades; o Bahia é um clube em ebulição, tanto no setor do futebol, com a demissão de Gilson Kleina, efetivação do interino Charles Fabian e o afastamento de jogadores, quanto na disputa eleitoral, que muitos já colocam seus nomes na mídia e discutem os vários insucessos do time.
Sobre a dispensa de jogadores, de todos eles, o afastamento do volante Uélliton causou lamentável surpresa aos cronistas isentos e torcedores sensatos, por tratar-se de um jogador que vinha sendo referência no atual grupo tricolor.
Afinal, não era ele tido e havido como o melhor de todos os reforços da temporada? Que representava a garra e derramava suor o tempo todo? Elogiável por emitir conceitos com autenticidade? E que levou muitos tricolores, de todos os segmentos, ao delírio pelas “alfinetadas” no arquirrival Vitória, clube que o revelou?
Foram válidos e merecidos todos os elogios do empenho e da eficiência deste jogador em campo, mas suas “mordidas” à antiga casa serve agora de exemplo para profissionais como Feijão, Neto Baiano e o próprio Maxi Biancucchi, que mostram não respeitar adversários, com chacotas e piadas inoportunas.
Nunca é demais lembrar que o sistema é cruel e o que é muito bom e bonito hoje pode ser a desventura e o lamentar de amanhã.
Edson Alemeida* é comentarista esportivo do Galáticos na Itapoan FM
