O caso do zagueiro brasileiro Breno, de 22 anos, que ateou fogo à própria casa durante uma crise depressiva, teve um desfecho triste nesta quarta-feira. O jogador, revelado pelo São Paulo e considerado um dos defensores mais promissores do futebol brasileiro, foi condenado pelo Tribunal de Justiça de Munique a três anos e nove meses de prisão. O julgamento deveria se estender até o próximo dia 17, mas a juíza responsável pelo caso considerou as provas conclusivas e antecipou a decisão. Se há apenas quatro anos Breno era integrante da seleção brasileira na Olimpíada de Pequim, agora ele encara a perspectiva de ficar atrás das grades até 2016 - o que torna muito improvável uma recuperação no futebol profissional. Mesmo com o problema judicial, Breno vinha atraindo o interesse de clubes como o São Paulo e a Lazio, que torciam pela absolvição do atleta para poder contratá-lo.
Breno confessou o crime, mas o tribunal não levou em conta um fator importante: o jogador sofria de depressão. "Peço desculpas por aquela noite", disse Breno durante o julgamento. "Sou uma pessoa que acredita em Deus e agradeço por ele ter protegido a minha família. É tudo muito difícil neste momento." A casa de Breno em Munique foi completamente destruída por um incêndio ocorrido na madrugada do dia 19 de setembro de 2011. Naquela noite, o jogador estava sozinho na casa - sua mulher, Renata, e os três filhos do casal estavam fora da propriedade, avaliada em 3,7 milhões de reais. Após o incidente, Breno permaneceu detido por duas semanas na prisão de Stadelheim, e ganhou liberdade condicional após pagar fiança, mas continuou impedido de deixar a Alemanha. Breno está na Alemanha desde 2008. No ano anterior, foi campeão brasileiro defendendo o São Paulo.
