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Presidente do Bahia faz balanço de 2012 e critica divisão de cotas televisivas

Imagem Presidente do Bahia faz balanço de 2012 e critica divisão de cotas televisivas
Marcelo Guimarães Filho concedeu entrevista coletiva na manhã desta quarta  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 05/12/2012, às 19h23   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews) e Galáticos Online (@galaticosonline)


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Em entrevista coletiva concedida na manhã desta quarta-feira (5), o presidente do Esporte Clube Bahia, Marcelo Guimarães Filho, fez um balanço do desempenho do time em 2012 e fez projeções para 2013. O gestor apresentou números e pontos positivos dos três primeiros anos de gestão no Bahia e alegou a disparidade financeira entre o time baiano e as equipes que fazem parte da elite do futebol em se tratando de cotas televisas. O Bahia, informou Marcelinho, atualmente recebe pouco mais de R$ 30 milhões e não pode aceitar a posição atual no quadro de divisão de valores. O gestor também apresentou o planejamento para o início da temporada de 2013, com data marcada para o dia 3 de janeiro. Estão confirmados dois amistoso para os dias 13 e 16 de janeiro, quatro dias antes da estreia na Copa do Nordeste.

Apesar da expectativa dos torcedores de que reforços fossem anunciados na entrevista coletiva concedida pela diretoria do Bahia, na manhã desta quarta-feira (5), o evento serviu apenas para justificativas de questionamentos feitos pelas torcida e imprensa nos últimos meses.

O momento de destaque da entrevista foi proporcionado pelo gestor de futebol do Tricolor, Paulo Angioni. Ao falar de Zé Roberto, que fez 39 partidas e não marcou gols em 2012, o profissional negou que a contratação do atacante foi imposta pela torcida e saiu em defesa do jogador.

"Eu não disse que a contratação do Zé foi por imposição do torcedor. Eu disse que ele veio sob aclamação da torcida. E sobre os questionamentos sobre o seu desempenho, temos nossas análises internas e ele não foi tão ruim assim, ele produziu", disse.


O discurso foi seguido pelo presidente do clube, Marcelo Guimarães Filho. "Se criou uma expectativa em torno do Zé Roberto pelo que ele já fez nos clubes por onde passou. É lógico que ele não foi o Zé Roberto que todos conhecemos, mas produziu mais do que muitos outros jogadores", destacou.

Sobre a renovação de contrato do técnico Jorginho, Angioni deu esperanças de um final feliz e revelou que espera uma definição ainda nesta quarta. "Não tem resposta definitiva. Estamos discutindo há algum tempo e ele já sabia do interesse do Bahia na sua permanência. Acredito que hoje ainda poderemos ter uma definição".


Já em relação a reforços, o gestor afirmou que tudo será decidido com o treinador, mas adiantou que o Esquadrão não terá muitas novidades para o início da temporada 2013. Trabalhamos com treinadores e cada um deles tem uma forma de jogar, e nem todos os jogadores se adaptam, por isso as contratações são feitas de acordo com o que pedem os técnicos. O Jorginho gosta mais de jogadores de velocidade. Se for ele nossO treinador, o que espero, vamos trabalhar para trazer jogadores de velocidade. Mas posso adiantar que nesse primeiro momento pretendemos ir pouco ao mercado. “Vamos aproveitar uns seis atletas das Divisões de Base que serão integrados ao time profissional”.

Em um segundo momento da coletiva, o mandatário do Esquadrão apresentou números para defender a evolução do Bahia na sua gestão. "Desde que assumimos, em 2009, entre outros avanços, conseguimos negociações e reduções de causas trabalhistas, respeitamos o prazo de pagamento dos salários. Assumimos com cinco meses de atraso no pagamento dos atletas e, hoje, com toda a dificuldade que temos, estamos conseguindo pagar até antes do prazo. Foras os avanços estruturais, como a construção do novo CT e as melhorias no próprio Fazendão. Quando assumimos o clube, não tinha uma academia de musculação. Nós investimos, à época cerca de R$ 1 milhão, e construímos uma academia".

Confiante no futuro do Tricolor e no alcance das metas estabelecidas por sua diretoria, Marcelinho ainda comentou sobre a valorização da marca Bahia e garantiu que lutará por melhores receitas para o clube. "No início da nossa gestão, encontramos o Bahia com um valor de marca de aproximadamente R$ 13,6 milhões. Hoje, em 2012, a marca do Bahia já vale R$ 55 milhões. Por isso, o Bahia não pode ter essa disparidade financeira em relação a outros clubes. O Bahia hoje está no grupo de cotas de TV onde recebe cerca R$ 30 milhões, ao lado de clubes como Sport, Goiás, Coritiba, Atlético (PR) e Vitória. Mas, está provado que não podemos estar nesse grupo. O que o Bahia deve, por exemplo, ao Botafogo? Nada. Temos melhor média de público e muitas outras coisas. Temos totais condições de chegar ao grupo dos que recebem R$ 55 milhões e já estamos lutando e reivindicando isso", concluiu.

Matéria originalmente publicada às 11h23 do dia 05/12.


Fotos: Gilberto Júnior - Bocão News

Classificação Indicativa: Livre

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