Após vencer o segundo clássico consecutivo diante do maior rival na Arena Fonte Nova, o técnico do Vitória, Caio Júnior, argumentou que trabalha em cima de um foco no Campeonato Brasileiro deste ano e não no desempenho no estadual. Apesar disto, ele afirma mirar o título e que equilibrar as duas pressões é algo positivo para si e para o elenco rubro-negro.
Devido às exigências e as contratações da temporada, Júnior acredita que o Leão tem um plantel qualificado para brigar por bons resultados no Brasileirão. Apesar de exaltar o time, o treinador foi questionado pela má atuação do goleiro Deola, que falhou diversas vezes em afastar bolas aéreas. Uma delas, inclusive, gerou o único gol do Bahia. Ao responder aos setoristas, o técnico negou o fato e fez questão de defender Deola.
“As bolas aéreas são as mais difíceis pro goleiro sair. Depois dos últimos 10 jogos nós mudamos a nossa forma de marcar bola parada e tomamos só dois gols depois disso. No caso do gol de hoje, foi mérito do Titi. Ainda mais com uma equipe que joga muito nesse quesito (bolas aéreas). O Deola faz um grande campeonato. A bola é muito lisa e muitas vezes o goleiro não segura. Em outros jogos, ele pegou bolas quase indefensáveis, então eu tenho que defender o meu jogador”, argumentou.
O treinador também foi questionado sobre a visível queda de produção da etapa final e a possibilidade de por pouco não sofrer o empate no clássico. Ele alegou que o ritmo alucinante no primeiro tempo não poderia ser mantido no segundo e que é natural que um time em vantagem procure se proteger para manter o resultado. Entretanto, reconheceu que sofrer um gol no início do segundo tempo deu moral ao adversário e que psicologicamente ajudou na reação.
“Não dá para impor um jogo com aquele nível (de atuação física) por 90 minutos, é quase desumano. Ainda mais quando o adversário perde por 2 x 0 com a presença da torcida, que quer que os jogadores saiam para cima e busquem o resultado. Futebol é fazer gol e segurar o resultado. O nosso objetivo era o 3º gol, mas sofrer um gol aos 6 minutos influenciou psicologicamente”, refletiu. Apesar disso, Caio Júnior foi enfático em afirmar que mesmo se o empate saísse, ele permaneceria convicto de suas escolhas e contente com a atuação do time.
Nota originalmente postada às 19h do dia 28
