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Advogado diz que Cuca já pagou crime na justiça suíça

Pedro Souza/Atlético
'A Justiça já decidiu, ele cometeu e pagou', diz advogado  |   Bnews - Divulgação Pedro Souza/Atlético

Publicado em 29/04/2023, às 16h35   Osvaldo Barreto


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O advogado de defesa, Luiz Carlos Silveira Martins, conhecido como Cacalo, que atuou no caso envolvendo o então jogador Cuca e mais três jogadores, disse que o agora treinador já foi condenado pelo crime de importunação sexual e já pagou, mas não apresentou nenhuma prova sobre o cumprimento de qualquer pena.

"Não estou defendendo nem acusando ninguém no processo, a Justiça já decidiu, mas o Cuca não pode trabalhar mais. Ele cometeu e pagou. Claro que respeito a opinião de todas as pessoas que estão se manifestando, mas acho que estão fazendo um achaque", diz Cacalo à Folha.

Cacalo era vice-presidente jurídico do Grêmio, em 1987, e viajou à Suíça para defender os atletas. Cuca, Henrique Etges, Fernando Castoldi e Eduardo Hamester pagaram fiança, voltaram ao Brasil e, em 1989, foram julgados e condenados na Suíça.

Ao rememorar o período em que esteve na Suíça defendendo os atletas, o advogado diz que é preciso entender que o crime de importunação sexual tinha outra tipificação jurídica no país europeu e não se confunde com o atual entendimento de estupro no Brasil.

"Os tempos mudaram, são 37 anos. Não posso nem te dizer como seria hoje, mas foi uma situação muito distinta na época. Felizmente, nós tivemos um resultado favorável, porque o pedido da Procuradoria foi uma pena muito maior. Eles foram condenados não por estupro.", diz o advogado.

Cuca teve sentença de 15 meses de prisão pelos crimes de coação e ato sexual com menor e pagamento de US$ 8.000 (R$ 40.000 em valores atuais), mesma pena aplicada a Henrique e Eduardo. Fernando foi considerado apenas cúmplice do ato e condenado a três meses de prisão, com multa definida em US$ 4.000 (R$ 20.000 pela cotação de hoje).

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