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Baiano, presidente da CBF indica genro para cargo de R$ 10 mil por jogo na Conmebol

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Presidente da CBF o nomeou no fim do ano passado e foi registrada em carta enviada ao secretário-geral da Conmebol  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 06/03/2022, às 10h58   Redação


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O presidente interino da CBF, Ednaldo Rodrigues, nomeou o genro como um dos delegados da entidade na Conmebol, cargo que rende remunerações de até R$ 10 mil por partida trabalhada, podendo alcançar cerca de 30 jogos ao longo da temporada, de acordo com a coluna de Diego Garcia, do portal UOL.

A nomeação ocorreu no fim do ano passado e foi registrada em carta enviada ao secretário-geral da Conmebol, José Astigarraga, em documento assinado por Ednaldo. Nele, seu genro é o segundo nomeado da lista. Ele é casado com uma filha do cartola e desde 2020 é colaborador da equipe que supervisiona a imprensa em jogos da CBF.

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De acordo com documentos da Conmebol, um delegado recebe fixo US$ 1,2 mil (R$ 6 mil) por cada jogo da Conmebol que trabalhar. E ainda mais US$ 750 (R$ 4 mil) se fizer as inspeções dos estádios, o que geralmente ocorre. Além disso, todos os gastos com hospedagem, alimentação e transporte também são pagos pelos clubes ou confederações envolvidas nas partidas.

Essa não será a primeira experiência do genro de Ednaldo com a Conmebol. No ano passado, em janeiro, Walter Feldman mandou seu nome como sugestão de oficial de segurança em partidas da confederação sul-americana. A CBF diz que, nessa ocasião, a indicação obedeceu critérios técnicos estabelecidos pela confederação sul-americana. Em dezembro de 2021, ele assinou um formulário de conflito de interesses da Conmebol onde informou à entidade sul-americana que é genro do presidente interino no momento em que enviou a documentação solicitada para a vaga de delegado nas partidas internacionais.

A CBF reforçou que essa iniciativa partiu do próprio colaborador. A confederação brasileira apontou, em email enviado à diretoria da Conmebol, que ele realizou bons trabalhos como supervisor de imprensa em 2020 e ainda trabalhos como oficial de arbitragem na Copa das Confederações 2013 e Copa América 2019.

A CBF também disse à Conmebol com antecedência que ele é casado com a filha do presidente interino. "Diante desse cenário e do vínculo familiar existente com o atual presidente interino da CBF, indagamos se há no entendimento da Conmebol um conflito de interesses que impeça a recondução", questionou André Megale, diretor de governança da CBF, por e-mail, à diretoria da Conmebol.

Graciela Garay, diretora de ética da Conmebol, respondeu que "não há inconveniente na nomeação". Elogiou o fato de ele ter confessado o fato no formulário de conflito de interesses e "levará essas informações em conta para que não participe de nenhuma partida sensível a isso".

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