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Exame antidoping de Tandara apontou presença de substância anabolizante, diz órgão responsável

Wander Roberto/COB
Oposta brasileira já deixou o Japão  |   Bnews - Divulgação Wander Roberto/COB

Publicado em 06/08/2021, às 13h22   Redação BNews


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A Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD, responsável por realizar o exame antidoping da oposta Tandara Caixeta,  afirmou que o teste confirmou a presença da substância ostarina, proibida em competição e fora de competição. Após a divulgação do resultado positivo, a oposta brasileira deixou o Japão antes da partida contra Coreia do Sul, disputada nesta sexta-feira (6).

O exame que acusou o resultado analítico adverso foi realizado no dia 7 de julho, em Saquarema, no Rio de Janeiro, antes de embarcar para os Jogos Olímpicos de Tóquio. A ostarina é uma substância que modula o metabolismo e pode ajudar no ganho de massa muscular, pertence a uma classe de anabolizantes.

Em seu Instagram, Tandara afirmou que “só se manifestará após a conclusão do caso”.  “A atleta Tandara Caixeta está trabalhando em sua defesa e só se manifestará após a conclusão do caso. Agradecemos o carinho de todos vocês!”, escreveu a assessoria da jogadora.

José Roberto Guimarães, treinador da seleção brasileira, declarou que acredita em Tandara, que relatou não ter consumido nada, e que a notícia pegou o elenco brasileiro de surpresa. 

“Foi uma situação muito difícil, até porque foi tudo muito rápido. Quando soube da noticia tinha preocupação com ela e com o grupo. Como o grupo ia absorver isso. Conversei com ela, cabe a ela fazer a defesa. Garantiu que não consumiu absolutamente nada, e acredito nisso. E depois o encontro com o grupo na hora de falar. Todo mundo ficou de boca aberta, sem chão”, afirmou Zé Roberto.

Leia a nota da ABCD:

Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) esclarece que o processo de controle de dopagem do caso da atleta da seleção brasileira feminina de vôlei, Tandara Caixeta, seguiu todos os padrões internacionais estabelecidos pela Agência Mundial Antidopagem (AMA-WADA).

Informamos que a coleta do material biológico da atleta foi realizada fora de competição, em 7 de julho de 2021, no Centro de Treinamento de vôlei de quadra da seleção, em Saquarema/RJ, mesmo momento em que todas as demais atletas da equipe também forneceram o material.

Ao receber, no dia 5 de agosto de 2021, o resultado do Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD), único credenciado pela WADA na América Latina, foi constatada a presença da substância Ostarina, que pelo Código Brasileiro Antidopagem implica na aplicação obrigatória de uma suspensão provisória da atleta.

A Ostarina é uma substância não especificada, proibida em competição e fora de competição. Pertence a classe: S1.2 Agentes Anabolizantes – Outros Agentes Anabolizantes – SARMS da Lista de substâncias e métodos proibidos da AMA-WADA.

A ABCD seguirá os trâmites processuais do caso em sigilo para proteger os direitos da atleta.

Rumo ao Ouro

Nesta sexta-feira (6), a seleção feminina bateu a Coreia do Sul por 3 a 0 (25x16, 25x16 e 25x16) e se classificou para final contra os EUA. A final do vôlei feminino acontece no domingo (8) à 1h30. Antes, às 21h de sábado (7), a Sérvia encara a Coreia do Sul no jogo do bronze.

As brasileiras estão invictas na competição até o momento. Com Tandara cortada, a ponteira Rosamaria assumiu a vaga de oposta na seleção.

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