Esporte

Caso Daniel Alves: Conheça o protocolo 'No Callem' aplicado pela boate

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O No Callem tem por intuito combater as agressões sexuais e violência machista em espaços de lazer da cidade, como discotecas e bares.  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes Sociais

Publicado em 25/01/2023, às 22h12   Cadastrada por Letícia Rastelly


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O protocolo No Callem, criado pelo governo da capital Catalã, Barcelona, foi aplicado no caso envolvendo o jogador Daniel Alves. Essa medida, que funciona desde 2018, tem por intuito combater as agressões sexuais e violência machista em espaços de lazer da cidade, como discotecas e bares.

Os locais que aderem ao protocolo recebem treinamento para o combate a esses crimes. Os funcionários dos estabelecimentos são capacitados para saber como prevenir e identificar a violência sexista e também agir em casos de agressão ou assédio sexual.

O método, que foi rigorosamente aplicado na boate Sutton, onde supostamente o crime ocorreu, tem como ponto central dar atenção para as vítimas do abuso ou da agressão sexual. O No Callem. Esse método não é exclusivo da capital, também ocorrem protocolo semelhantes em toda a Catalunha.

Segundo o G1, o protocolo No Callem se orienta por cinco princípios:

·        O primeiro é que a atenção prioritária deve ser dada à pessoa atacada. Em caso de agressão, ela deve receber a devida atenção. Em casos graves, ela não pode ser deixada sozinha, a não ser que queira.

·        O segundo princípio orientador é o respeito às decisões da pessoa agredida. Ela deve receber as informações e conselhos corretos, e ela deve tomar a decisão final, mesmo que esta pareça incompreensível para os demais.

·        Terceiro princípio: o foco não deve estar num processo criminal. Estes são complexos, difíceis também para quem foi agredido e muitas vezes terminam de uma forma não satisfatória para quem sofreu uma agressão. Isso pode gerar frustração, e por isso é importante informar e levar em conta que existem outras formas de tratar a situação e dar importância ao processo de recuperação da pessoa agredida.

·        O quarto princípio é a atitude de rejeição ao agressor. Deve-se evitar sinais de cumplicidade com ele, mesmo que seja apenas para reduzir o clima de tensão. É importante mostrar que há uma clara rejeição à agressão e envolver o entorno do agressor nessa rejeição.

·        O quinto e último princípio é o da informação rigorosa. Tanto a privacidade da pessoa agredida como a presunção de inocência da pessoa acusada devem ser respeitadas. Por isso, é aconselhável não repassar informações oriundas de fontes não confiáveis ou espalhar boatos.

Classificação Indicativa: Livre

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