Esporte

Em depoimento, Daniel Alves chora, confirma excesso de álcool e nega estupro; saiba detalhes

Reprodução/TV Globo
Daniel Alves foi o último a falar em julgamento nesta quarta-feira (7)  |   Bnews - Divulgação Reprodução/TV Globo

Publicado em 07/02/2024, às 17h32   Cadastrado por Victória Valentina


FacebookTwitterWhatsApp

Nesta quarta-feira (7), aconteceu o terceiro dia de julgamento de Daniel Alves, acusado de agredir sexualmente uma mulher em uma boate na Espanha, em dezembro de 2022. Em seu pronunciamento diante da juíza Isabel Delgado Pérez, o jogador chorou, disse ter exagerado no álcool na noite do suposto crime, mas voltou a negar que tenha praticado estupro.

O lateral-direito falou por cerca de 20 minutos, respondendo apenas a perguntas feitas por sua advogada, Inés Guardiola.

Daniel Alves disse ter bebido cinco garrafas de vinho e uma garrafa de uísque japonês com três amigos. Sozinho, afirmou que consumiu quase três garrafas. Ele disse ainda que dançava com a vítima de forma sensual, e que ela "tocou em suas partes íntimas". As informações são da CNN Brasil.

“Encontrei com meus [três] amigos para almoçar na Taberna del Clínic. Chegamos por volta das 14h30. No início, íamos apenas comer, mas não nos víamos havia muito tempo ficamos até 1h da manhã. Pedimos cinco garrafas de vinho e uma garrafa de uísque japonês Quando saímos do restaurante, fomos ao Nuba e tomamos uma rodada de gim-tônica. Para chegar lá, fomos de carro. O Bruno dirigiu, porque eu tinha bebido muito e não podia dirigir." O amigo citado prestou depoimento na terça.

“Há apenas um banheiro na mesa seis. Sou frequentador assíduo da Sutton e, sempre que essa mesa está disponível, não preciso atravessar o clube para chegar lá. A porta estava aberta. Chegamos ao reservado e começamos a beber e dançar com Bruno por um tempo.” Primeiro vieram duas garotas e elas ficaram lá dançando por um tempo. “Depois convidaram as três garotas, a reclamante e suas amigas. Elas não se sentiram nem um pouco desconfortáveis. Elas chegaram e começaram a nos cumprimentar. Começou uma conversa, estávamos nos movimentando, conversando umas com as outras. Eu sou uma pessoa muito próxima, mas com respeito. Estávamos dançando, interagindo”.

Na sequência, o jogador contou que iniciou uma conversa com as meninas, "mas com respeito".

"Já estávamos mais próximos, ela começou a dançar mais perto de mim, esfregando suas partes contra as minhas. Era uma dança típica de boate, uma dança que era um pouco mais íntima. Uma dança que era um pouco mais íntima."

"Ela colocou a mão para trás e começou a tocar minhas partes. Ela disse que sim para ir ao banheiro, eu não precisei insistir. Eu disse a ela que iria ao banheiro primeiro e esperei um pouco, achando que ela não viria, que não queria ir. E quando abri a porta, praticamente esbarrei nela. Ela se ajoelhou na minha frente e começou a me fazer sexo oral. Abaixei a calça e sentei no vaso sanitário", disse ele, imitando a posição no tribunal.

Ele disse que a jovem "em momento algum pediu para parar" ou demonstrou desinteresse no sexo. Disse ainda que soube da denúncia pela imprensa. Neste momento, começou a chorar e pediu água.

Ao fim do depoimento, segundo o Uol, o Ministério Público pediu a palavra para apontar contradições. O júri pediu um recesso de dez minutos para analisar o depoimento.

O Ministério Público confirmou o pedido de nove anos de prisão; a acusação pede a pena máxima, 12 anos, enquanto a defesa quer absolvição. Entretanto, a defesa do jogador sugere como alternativa um ano de prisão (que ele já cumpriu) + 50 mil euros de multa.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp