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VÍDEO: 'Jogos eletrônicos não são esportes', diz ministra do Esporte; entenda a polêmica

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Segundo a ministra do Esporte, a pasta não vai disponibilizar nenhum incentivo financeiro para a modalidade  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Vídeo

Publicado em 11/01/2023, às 10h53 - Atualizado às 11h00   Cadastrado por YB



Conhecidos como ‘esports’ ou ‘e-sports’, os esportes eletrônicos viraram um dos assuntos mais comentados nos últimos dias após a ministra do Esporte, Ana Moser, afirmar em vídeo que os esportes eletrônicos não são considerados uma modalidade esportiva. Além disso, acrescentou que os campeonatos são parte de “indústria de entretenimento”.

Assista ao vídeo:

“A meu ver, o esporte eletrônico é uma indústria de entretenimento, não é esporte. Então, você se diverte jogando videogame, você se divertiu. ‘Ah, mas o pessoal treina para fazer’. Treina, assim como o artista. Eu falei esses dias, assim como a Ivete Sangalo também treina para dar show e ela não é atleta da música. Ela é simplesmente uma artista que trabalha com entretenimento. O jogo eletrônico não é imprevisível. Ele é desenhado por uma programação digital, cibernética. É uma programação, ela é fechada, ela não é aberta, como o esporte”, disse a chefe da pasta do governo Lula.

Ainda durante o vídeo, Ana Moser informou que o Ministério do Esporte não vai disponibilizar nenhum incentivo financeiro para a modalidade. Para ela, a Lei Geral do Esporte, que está em tramitação no Senado, aponta que esporte é “toda forma de atividade predominantemente física que, de modo informal ou organizado, tenha por objetivo atividades recreativas, a promoção da saúde, o alto rendimento esportivo ou o entretenimento".

Por não ser predominantemente físico, o esporte eletrônico não se enquadraria nessa lei. Sem esse entendimento, os atletas de esports não poderão ter acesso a benefícios como o Bolsa Atleta, Lei de Incentivo ao Esporte, e recursos públicos de Esporte de forma geral.

Ana Moser afirmou que o texto que tramita no Senado é defendido por ela antes mesmo de ter sido indicada para o cargo de ministra e que defende o "esporte raiz".

“O texto está lá protegendo o esporte raiz. Na definição de esporte, tinha sido dado uma abertura que poderia incluir esporte eletrônico, e a gente fechou essa definição para não correr esse risco. Lógico, risco sempre acontece, e é um trabalho constante”, completou.

O PL 1.153/2019, de autoria do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB/PB), teve a relatoria da senadora e ex-jogadora de vôlei Leila Barros (PDT/DF) e foi aprovada em junho de 2022 no Senado, mas precisará voltar à casa após o texto ser alterado pela Câmara em julho do mesmo ano.

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