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Popó revela conselhos que deu quando filho se assumiu gay: 'O fiofó é seu, dá para quem quiser'

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Recentemente, filho de Popó se declarou para o pai e agradeceu pelo apoio que recebeu ao longo da vida  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes sociais

Publicado em 29/02/2024, às 18h24   Cadastrado por Victória Valentina


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Durante entrevista ao podcast Hello Val, de Val Marchiori, Acelino Popó Freitas falou sobre a relação com o filho gay, Juan Freitas, de 24 anos. O lutador de boxe relembrou o dia em que ficou sabendo da sexualidade do rapaz e de sua reação ao ver o genro pela primeira vez.

"Quando o meu filho, aos 16 anos, veio falar para mim que é gay. Primeiro a família falava: 'você nunca reparou no jeito dele?' Aí eu o chamei para conversar e falei: 'Juan, deixa eu te perguntar uma coisa. A família está falando que você é gay, me conta isso'. Ele disse: 'Pai, eu não sei. Sinto atração por menina e menino'. E eu falei: 'quando você se decidir você fala comigo', iniciou.

"Depois de três meses, ele veio e me apresentou um namoradinho. Ele veio, conversou comigo: 'pai, meu namorado'. Ah, que legal. E eu ainda brinquei: 'se não tratar meu filho bem, vou te dar uma porrada''", completou o lutador, aos risos.

Popó também contou que deu diversos conselhos para o filho após saber de sua sexualidade, inclusive sobre como se comportar em sociedade.

"Falei 'você tem que saber de que forma e onde você vai abordar o seu carinho, o seu mor por ele. Você tem que saber, porque nem todo mundo aderiu essa ideia. E outra: você tem um sobrenome e cuidado com as redes sociais, que pode acabar com o seu psicológico, pelo fato de você ter um pai lutador de boxe, então, você precisa ter muito cuidado. E outra coisa: agora vou te falar como homem: entre quatro paredes, bote para f#$%¨, se não você vai ser corno'", disse. "E ele perguntou: 'mas o senhor não vi brigar comigo?'. E eu respondi: 'Eu? o fiofó é seu, você dá para quem quiser. Seja feliz".

Ainda durante a entrevista, o pugilista baiano abordou como o mundo e sua própria cabeça evoluíram sobre o assunto, e que aprendeu com o filho a como se dirigir corretamente aos homossexuais.

"Na minha época, se tivesse um gay na família, meu pai matava ou espancava, e se tivesse um corno era motivo de gozação.  "Eu perguntei: meu filho sobre a opção e ele me explicou que é orientação e não opção e disse: eu gostaria de que o senhor me respeitasse. Ele tinha 16 para 17 anos. Ele me disse que se tivesse opção não seria gay: 'Essa orientação que eu tenho de ser gay é algo que transcende qualquer tipo de comentário do senhor'. Isso é verdade. Independente de sexo", finalizou.

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